Era tão vermelho aquele horizonte, que tudo nele se esmaecia. Uma agulha doida, feita de rubra luz, perfurava a fronte. Febril, a mente sonhava desejos produzidos com amálgama. Tudo, da gênese ao esquecimento, ficava escarlate.
À medida que eu me aproximava, o horizonte ia se revelando. Então entendi: o que eu via não era sangue de guerra. Quis ter certeza, porque meu coração estava trêmulo. Era preciso aquietá-lo. Mergulhei. Era um mar quente de paixão.
Se era para ter sangue, que fosse o sangue pulsando nas veias e no coração. Esmaeci.
Éd Brambilla. Escarlate. Prosa em Versos.
Sobre Éd Brambilla
Éd Brambilla é Letrólogo, Cronista, Contista, Poeta, Contador e Massoterapeuta.

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