Tente resumir o Natal em uma única palavra. Talvez as primeiras que venham à sua mente sejam, por exemplo, Família, Paz, Amor, Esperança e Felicidade. Todas seguramente são importantes e nenhuma consegue aglutinar o que é o Natal e como poderia ser um momento cada vez mais de reflexão sobre si mesmo e sobre o mundo que nos cerca.
Neste Natal, gostaria de pedir que cada um fizesse o exercício de selecionar uma palavra e a carregasse durante o Ano Novo como uma espécie de missão existencial, praticando o sentido desse vocábulo da maneira como conseguisse, sem norma, mas com sinceridade; sem o sofrimento de uma peso existencial, mas com a leveza da transparência vivencial.
É claro que alguns podem escolher outras palavras, como rabanada, angústia, festa, comércio ou presente. E não nada de mau nisso: rabanada é uma delícia; a angústia nos faz crescer; a festa diverte; o comércio movimenta a economia; e ser lembrado por alguém é sempre uma alegria.
Os perigos estão nos extremos. Se as cinco primeiras palavras correm o risco de ficarem apenas na teoria; as outras cinco, se colocadas em prática com parcimônia e bondade, não fazem mal algum. Que o nosso Natal seja isso: um olhar para si, para os iguais e para os diferentes que proporcione uma serena e verdadeira construção de mundo melhor.
Oscar D’Ambrosio é Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, onde atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa.
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