Coluna

A presidência nos espera

Não acredito que seja possível, na vida que temos hoje, que exista alguém que realmente faça algo em prol de um mundo melhor. O que temos é marketing pessoal e isso é só o começo. O governo compra a mídia por saber a força que ela tem e você acredita no que é porque ela te influencia.
 
 
Percebam que o verdadeiro líder não é poderoso. A pessoa poderosa é um qualquer que apenas tem o poder por tê-lo. O Líder é líder. Uma andorinha, não faz nada, apenas voa e todas as demais vão atrás. É assim que funciona.
É esse líder que nos falta, somos influenciados politicamente pelo passado e castrados pelo que nos espera o futuro. Temos a incapacidade de ser verdadeiros e de acreditar na verdade. Damos preferência ao que é belo aos nossos olhos mesmo com sua deficiência escondida por debaixo dos panos.
 
Deixamos de falar o que pensa porque é necessário agradar a maioria. Nossa cultura tende a acreditar que qualquer ideia que se defenda é porque a praticamos. Isso não é lógica para pensadores. Deve-se saber separar tipos de pensamentos, entender raciocínios opostos, saber discuti-los e mesmo assim manter sua opinião pessoal.
 
As discussões no Brasil são muito emotivas e pouco racionais. Hoje nos aflige com razão, saber o que nos falta para um Brasil “melhor”, mas não temos ideia de como ele já foi. Como o sofrimento de hoje é resultado da inexperiência e falta de atitude no passado.
 
Nosso país vive com suas marcas cicatrizadas que não nos deixam esquecer nosso passado repugnante, mas que deixamos passar despercebido diante da atualidade política que vivemos.
O Brasil nunca foi um país que impusesse respeito. Lidamos com a obscuridade do tempo da ditadura que revolta e ainda deixa marcas, a vergonha das Presidências do tipo Sarney que tão pouco teve interesse em lutar por algo e nem fingir o papel de governo foi capaz de fazer, Collor que dispensa comentários, Itamar Franco que tentou mas sabia que não ia dar. FHC com sua privatização marcada pela época condenada por muitos, mas esquecemos que foi quem tirou o país daquele buraco da inflação em que o Brasil estava afundado, Lula que trouxe a igualdade social.

Todos os governos deixaram cicatrizes que jamais serão esquecidas e que nos lembraremos para sempre. Erros e acertos dignos de governantes que por vezes errando, tentaram acertar.

 
 
Nenhum governo jamais será cem por cento, sempre será um cobre daqui e descobre dali, e assim vamos tentando manter algum tipo de equilíbrio já que a humanidade não tem futuro. Ou ainda acredita-se em milagres?
 
A sociedade busca por aqueles que assumem posição, e assumir posição também é fazer críticas. PT e PSDB ajudaram a estabilizar a democracia que imaginamos ter. Nessa altura do campeonato temos poucos meses para entregar o Brasil de bandeja a alguém e ainda não sabemos o que fazer.
 
Dilma poderá ser reeleita. Qualquer possibilidade que tenha tido em ter mais votos a favor, escafedeu-se quando a pena dos mensaleiros dada por Joaquim Barbosa foi recorrida e nada mais feito.
Jura? Que nada! a população não se importa.

 Teremos Marina Silva, pela REDE sustentabilidade que, sejamos realistas, não rola. É uma utopia interessante, mas Marina Silva sempre esteve como “Sonhática” e dificilmente conseguirá o poder pelo poder. Muitos não acreditam em sua capacidade e sinceramente, nem eu. Comandou o Ministério do Meio Ambiente por cinco anos e ao alegar falta de apoio político abandonou o governo Lula, se candidatou pelo PV e ficou em terceiro lugar com vinte milhões de votos.  Isso é bom, mas de terceiro para primeiro tem chão.

 
No PV especula-se que teremos Fernando Gabeira como candidato, bom pelo menos ele foi um revolucionário na época da Ditadura, sequestrou o embaixador americano na época e ao meu ver, isso conta pontos a favor.
 
Eduardo Campos no PSB que seria uma nova oportunidade para tentarmos mais uma vez algo novo, mas não podemos esquecer que a população não possui mente aberta e não arrisca, o que é uma pena já que grandes transformações se adequam com o novo.
 
Aécio Neves – PSDB, sem chances. Não há mais possibilidades de um Tucano parecer no Poder, não nos próximos vinte anos. A esquerda se tornou um grupo moralmente superior e não tem cultura que abafe tal afronta.
 
Não manifesta-se contra partido A, B ou C, a manifestação é contra todos e é difícil a capacidade de liderança numa sociedade complexa como a nossa. O poder afasta e não mais se identifica com tradições conservadores de direita ou esquerda. No final todos querem mamar nas tetas do governo e mesmo assim todo esse conservadorismo negado, ainda existe fortemente. As pessoas dizem que não são, mas na prática são conservadoras.
 
Como o político não tem comunicação com o povo, eles não sabem o que é o povo.
Sou de esquerda mas não sou petista.
Acredito que precisamos é de uma reforma política, parar de votar como analfabetos funcionais. O povo na realidade não estão preocupados com as mentiras e honestidades dos políticos. Só dizem que estão, mas continuam votando neles, a política sempre foi assim e ter de mentir sempre fez parte do jogo político, se nos desagrada o problema é nosso. 
 
Coloque na sua cabeça que não existe político bondoso. Ele não se importa com você. Nunca, jamais em nenhuma circunstância se importará, eles só falam o que você quer ouvir.
 
Você acredita que com manifestos políticos conseguimos chacoalhar um governante? Consegue ameaçar seu poder?
As ações humanas só podem ser avaliadas pelo o que se consegue conquistar, o que importa é o sucesso das mesmas. Dilma conquistou o poder então agiu bem, quem não conquistou agiu mal.  A ação de um governo é julgada pela população pelo o que é conquistado. Nos deixamos levar pelas aparências e pelos resultados. 
 
Seu papel é fazer as pessoas viverem da maneira que ele quer que as pessoas vivam. O bom político não é o que nega seus sentimento, mas aquele que os usa a seu favor. Canalizando-os para conseguir mais poder.
Eles simulam, vão a TV mostrar indignação pois sabem que o povo gosta mais da mentira do que da verdade. O fim será sempre mau para uns ou outros.
 
O Brasil precisa de homens capazes, é necessário introduzir pitadas de vontade popular. Não se faz reforma política sem alterar a constituição. Deveríamos ter voto sem vinculação de partido político já que essa tal democracia existe. O que a população quer são respostas. O povo quer participar das decisões, e o que temos hoje no governo são representantes sem vontade de fazer reforma.
 
Não se pode tirar conclusões em trajetórias acadêmicas, é preciso ter o pé na realidade. O que vivemos hoje no governo atual é artificial. Precisamos descobrir a verdade para então romper com a ignorância.
Acho justo e relevante trazer para nosso governo um partido ainda não testado, a novidade é revolucionária e sem mudança não tem melhora. Ter medo de mudar só nos torna mais parte do analfabetismo funcional que já vivemos e aquele que engana sempre encontrará alguém para enganar.
Devemos em quem apostar?
 
 
Por GABRIELA PERES 
E-mail: gabrielaspperes@gmail.com

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