Uma pesquisa realizada entre 2023 e 2024 pelo Instituto de Oceanografia (IO) da USP, em parceria com o Instituto de Pesca do Estado de São Paulo (Ipesp), revelou que o consumo de pescado no estado de São Paulo está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto a entidade sugere o consumo mínimo de 250 gramas por semana, os paulistas consomem peixe, crustáceos e moluscos, em média, apenas de uma a três vezes por mês.
Tilápia lidera o consumo no Estado
O estudo apontou que a tilápia é a espécie mais consumida, principalmente em sua versão em filé, devido ao sabor suave e à facilidade de preparo. Em seguida, aparecem salmão, pescada, atum, sardinha e bacalhau. Apesar da alta aceitação, o preço do pescado é um dos principais fatores que limitam o consumo, sendo considerado “caro” ou “muito caro” por 66% dos entrevistados.
Benefícios do pescado para a saúde
A pesquisa reforça que o consumo regular de pescado pode trazer benefícios significativos à saúde. Segundo a nutricionista Jéssica Levy, essa proteína é rica em vitaminas e minerais essenciais, como zinco, selênio, cálcio e ferro, além de conter menos gordura saturada que a carne vermelha. Estudos mostram que a ingestão adequada de pescado pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares e melhorar a saúde mental.
Estratégias para aumentar o consumo
Diante do baixo consumo identificado, os pesquisadores sugerem estratégias para tornar o pescado mais acessível. Uma delas é o melhor aproveitamento do peixe, já que atualmente o filé de tilápia representa apenas 30% do animal. O uso de outras partes na produção de novos produtos poderia reduzir custos e ampliar a oferta de opções nutritivas no mercado.
Mercado e perspectivas para o setor
O estudo revelou ainda que o Brasil tem potencial para se tornar um dos principais produtores de pescado. O Paraná lidera a produção de tilápia no país, seguido por São Paulo, que registrou 77.300 toneladas em 2022. Com políticas públicas adequadas e incentivos para a produção sustentável, o pescado pode se tornar uma alternativa viável e acessível para mais consumidores.
O Núcleo de Pesquisas Pescado para Saúde, responsável pela pesquisa, segue trabalhando na divulgação científica e no desenvolvimento de produtos que incentivem o consumo dessa proteína essencial para a alimentação saudável.
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