Governo suspeita de ação criminosa em queimadas em São Paulo

O governo federal acionou a Polícia Federal (PF) para investigar as suspeitas de origem criminosa nas queimadas que se alastraram pelo estado de São Paulo nesta semana. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, confirmou a iniciativa neste domingo (25) durante uma visita ao Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

De acordo com a ministra, o governo trabalha com a hipótese de uma ação similar ao “dia do fogo”, ocorrido em 10 de agosto de 2019, quando uma operação criminosa resultou em incêndios em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou Marina Silva.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou das atividades na sala de situação montada no Prevfogo, onde assegurou recursos para combater os incêndios que, segundo ele, são de difícil controle. Também estavam presentes o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

A ministra destacou a anormalidade da situação, com vários municípios paulistas enfrentando incêndios simultâneos em poucos dias, algo que reforça as suspeitas de uma ação criminosa coordenada. Ela ressaltou que o governo federal já havia se preparado desde o início do mandato para um possível aumento nas queimadas, minimizando as consequências.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou que 31 inquéritos estão em andamento para investigar crimes relacionados a incêndios na Amazônia e mais 20 no Pantanal, além de duas investigações específicas sobre São Paulo. O governo também utiliza tecnologia de satélites para rastrear a origem dos focos de calor.

Neste domingo, o governo paulista divulgou que 21 cidades do estado ainda apresentam focos de incêndio ativos, e outras 46 estão em alerta máximo. A fumaça dos incêndios tem se espalhado para regiões centrais do país, afetando cidades como Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. Para combater as chamas, o governo federal mobilizou brigadistas e enviou helicópteros das Forças Armadas.

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