Quase três quartos dos motoristas pegos em blitz da Lei Seca em São Paulo se recusam a fazer o bafômetro. Mas, afinal, o que acontece nesses casos?
Das 376 multas de Lei Seca aplicadas no Estado, 296 foram para pessoas que se recusaram a fazer o teste do bafômetro. Isso corresponde a 78,7% do valor total.
De acordo com o diretor do Detran Juan Carlos Sanchez: “A recusa sempre foi a principal maneira de os motoristas que fizeram uso de álcool imaginarem que estão de livrando da infração, mas não é isso o que ocorre”.
Não fazer a verificação, quando solicitado, implica em multa de 2.934,70 e suspensão da CNH. E mesmo após a recusa, o motorista pode ser autuado em flagrante caso o policial constate indícios claros de embriaguez.
“Aí ele vai responder a processo e, caso condenado na Justiça, também terá outra suspensão. Para voltar a dirigir, terá que passar por um processo de reavaliação”, detalha Rosan Coimbra, da Comissão de Trânsito da OAB/SP
Quando um motorista é flagrado no teste do bafômetro, ele é levado para a delegacia, multado em quase R$ 3 mil, tem a carteira suspensa por um ano e só é liberado após pagar fiança estabelecida pelo delegado. Esses condutores ainda vão ser processados por crime de trânsito, com penas que variam de seis meses a três anos de prisão.
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