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São Paulo

Chuva constante faz Cantareira ter maior alta desde o início da crise

O sistema Cantareria se beneficou mais uma vez das chuvas constantes de fevereiro e teve nesta quarta-feira (18) sua maior alta em um único dia desde o início da crise, em janeiro de 2014. O nível das represas passou de 8,3% para 8,9%, segundo boletim divulgado pela Sabesp. Apenas a adição de água de dois volumes mortos aos reservatórios, em maio e outubro do ano passado, havia causado elevação superior.

As chuvas até agora já supereram em 29% o previsto para 28 dias. O volume de precipitação (257 mm) também é o maior desde o começo da crise, mas o racionamento ainda não está descartado pelo governo e a situação ainda é critica. No mesmo dia do ano passado, o manancial, que abastece 6,2 milhões de pessoas, estava em 18,4%, sem as duas reservas técnicas.

Nesta quarta-feira também choveu nos outros cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo. O Guarapiranga, segundo maior em número de pessoas abastecidas (5,2 milhões), foi de 55,6% para 56,3%. O Alto Tietê, sistema em estado mais crítico depois do Cantareira, passou de 15,2% para 16,3%.

 Nível das represas
Confira abaixo o volume dos seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo:

Cantareira: 8,3% para 8,9%;
Alto Tietê: subiu de 15,2% de 16,3%;
Guarapiranga: subiu de 55,6% para 56,3%;
Alto Cotia: subiu de 34,7% para 35,3%;
Rio Grande: subiu de 82% para 82,9%;
Rio Claro: subiu de 33,2% para 34,6%.

Rodízio
Na sexta-feira (13), o governo de São Paulo divulgou que não descarta rodízio de água. Também informou que irá criar um plano de contingência caso seja necessário adotar o racionamento.

Escassez de chuvas foi o motivo apontado pelo governo como problema no abastecimento. Por isso, recomenda à população que economize no consumo.

O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos (SP), divulgou relatório no início de fevereiro mostrando que o Cantareira poderia secar em junho considerando a média de chuva dos últimos meses. O relatório traz cinco cenários e, no pior deles, com previsão de chuva 50% abaixo da média, não haveria mais água no meio do ano.

Multa
A Sabesp começou a entregar no início da semana passada as contas de água com multa para quem excedeu a média do consumo. A sobretaxa na conta foi autorizada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e a multa varia entre 40% e 100% para quem consumir mais água neste ano no comparativo entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

A multa foi de 40% para quem consumiu até 20% a mais do que a média do período anterior e a taxa foi de 100% para quem utilizou mais que 20%. A medida é válida somente na parte do gasto de água encanada, que representa metade do valor da conta. Os outros 50% são referentes ao serviço de coleta de esgoto.

Bônus
Entre fevereiro e outubro do ano passado, a companhia concedeu bônus de 30% na conta de clientes que economizassem 20% ou mais de água em relação à média de consumo entre dos 12 meses que vão de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.
A medida foi adotada para estimular a redução no consumo. Desde novembro, o desconto gradual passou a ser dado para os imóveis que reduzirem o consumo entre 10% e 20%. O desconto foi prorrogado até o fim de 2015.

O nível de água das represas do Sistema Cantareira subiu de 7,1%, no sábado (14), para 7,3% neste domingo (15), segundo boletim divulgado no site da Sabesp. Elas abastecem 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

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