A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta quarta-feira (6), o Projeto de Lei 1.501/2023, que autoriza o governo estadual a negociar a participação acionária na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A sessão, que contou com 62 votos favoráveis e apenas um contrário, foi marcada por intensos protestos e a ausência dos deputados de oposição.
Os trabalhadores da Sabesp e membros de organizações da sociedade civil manifestaram-se contra a privatização, levando à suspensão temporária da votação e à evacuação da galeria do plenário. A retomada da discussão ocorreu em um ambiente restrito, sem a presença do público e dos deputados opositores.
O projeto, que agora aguarda a sanção do governador Tarcísio de Freitas, foi aprovado em um contexto de tensão. A polícia interveio com o uso de spray de pimenta e cassetetes, resultando em três prisões e ferimentos em dois militares, conforme relatado pela Secretaria da Segurança Pública e pelo deputado Gil Diniz (PL).
A votação, que necessitava de uma maioria absoluta de 48 votos dos 94 deputados estaduais, prosseguiu apesar da oposição ter optado por não participar após os confrontos. A única deputada a votar contra foi a delegada Graciela (PL), enquanto o presidente da Alesp, André do Prado (PL), não emitiu voto.
Este momento representa um marco significativo na gestão dos serviços de saneamento básico em São Paulo, refletindo as complexidades políticas e sociais envolvidas na decisão de privatizar uma das maiores empresas de saneamento do Brasil.
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