O vereador de Hortolândia Valdeci de Jesus Oliveira, condenado a 16 anos e oito meses de prisão por um estupro cometido contra um sobrinho de 16 anos em 2005, estaria ameaçando a família da vítima de morte, segundo boletim de ocorrência registrado em fevereiro deste ano. Ele teria afirmado que, caso a família não se retratasse publicamente, negando o estupro.
As vítimas teriam afirmado que o vereador foi até a casa da família e pediu para que eles escrevessem uma carta, negando que houve o crime. A família afirma que, caso eles não aceitassem escrever a carta, “uma pessoa da família pagaria com a vida”.
A família da vítima ainda contou para a Polícia Civil que, no dia 2 de fevereiro, o vereador foi até a residência onde as vítimas vivem e, mais uma vez, teria afirmado que, caso o crime não fosse negado pela vítima, “ele acabaria com a vida de alguém da família”.
Assustados, as vítimas procuraram ajuda da Polícia Civil, onde o caso foi registrado como coação no curso do processo.
FORAGIDO
O vereador V. J. O., de Hortolândia, foi condenado a 16 anos e oito meses de prisão, no entanto, o parlamentar está foragido. Segundo a Polícia Civil, a violência sexual contra o menor teria acontecido diversas vezes.
O primeiro estupro teria acontecido no dia 3 de abril de 2005, também na cidade de Hortolândia. A Polícia Civil não informou qual a relação do menor com a família do vereador.
Ao decorrer do processo, o parlamentar foi condenado a 20 anos de prisão. Entretanto, ele conseguiu recorrer e diminuir a pena para 16 anos e oito meses. ´
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil foi até a casa do vereador, no Jardim Nova América. Porém, apenas a esposa do parlamentar estava na residência.
Segundo os investigadores, a mulher sabia do processo e teria contado aos agentes que o marido havia viajado para a casa da mãe, em Minas Gerais. Os policiais pediram para que a esposa ligasse para o vereador, que ao atender, confessou que havia fugido.
Os policiais já havia “campanado” a casa do vereador na manhã de quinta-feira, sendo assim, eles acreditam que O. tenha percebido e aproveitado para fugir antes de ser preso. “Agora ele é considerado foragido da Justiça”, enfatizou a Polícia Civil.
Caso p parlamentar não se apresente, a Polícia Civil pedirá a quebra do sigilo bancário e mandados de busca em todos os locais onde ele possa estar escondido. A reportagem tentou contato no gabinete do vereador e com a assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Hortolândia, mas ninguém foi encontrado.
O vereador cumpria mandato pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social), eleito com 2.479 votos.
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