Policial

Transexual é carbonizado durante suposto latrocínio em Monte Mor

O técnico em enfermagem José Geraldo Borghi, de 48 anos, conhecido como Géia, foi encontrado carbonizado ao lado do carro, um Honda Fit, no bairro Estância das Águas, em Monte Mor. Géia estava com as mãos amarradas para trás e amordaçada. Segundo a Polícia Civil, dois homens teriam invadido a residência de geia, no bairro Boa Vista, em Campinas, e, após roubar aparelhos eletrônicos, obrigou a vítima a entrar no carro com eles. O caso está sendo apurado como latrocínio, roubo seguido de morte.

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De acordo com a Polícia Civil, a vítima possui um Centro de Umbanda em sua residência e, na noite de quinta-feira, teria recebido dois homens em busca de atendimento, apesar de o Centro estar fechado.

Vizinhos chegaram a relatar que, minutos depois dos homens entrarem na residência, ouviu-se gritos de briga, que duraram cerca de dez minutos. Os bandidos teriam revirado toda a casa em busca de objetos de valor, roubando um micro-ondas, uma grelha elétrica e um notebook.

Logo em seguida, os bandidos teriam colocado Géia no carro, um Honda Fit, e fugido do local. A vítima vivia na casa com a mãe, de 92 anos, portadora de deficiência visual, o que dificulta na identificação dos bandidos, visto que ela é a única testemunha. A Polícia Civil conta que, provavelmente, os marginais conheciam a rotina de Géia, inclusive a deficiência de sua genitora.

NAMORADO

O namorado da vítima, segundo a Polícia Civil, teria ligado em seu celular durante a noite. Géia teria atendido e afirmado que estava tudo bem, no entanto, o vendedor A. V. M., de 23 anos, afirma que ela estava com a voz de choro e trêmula, o que gerou desconfiança.

O namorado chegou a registrar um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento em uma delegacia de Campinas.

O corpo foi encontrado por volta das 22h45, na Avenida 1 do bairro Estância das Águas, em Monte Mor. O corpo e o carro já estava parcialmente carbonizados quando a Polícia Militar chegou ao local.

O caso foi registrado como roubo e homicídio qualificado, sendo investigado como latrocínio, roubo seguido de morte. Porém, a Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, trabalhando inclusive com a possibilidade de crime por homofobia.

Amigos e familiares de Geia estão revoltados com a situação e expressaram toda a indignação através das redes sociais. Amigos já se articulam para realizar uma passeata em Campinas.

Geia será enterrada na manhã de sábado, no Cemitério das Aléias, no Parque Gramado, em Campinas.

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