A tentativa de feminicídio em Hortolândia chocou moradores do Jardim São Pedro na madrugada desta quarta-feira (9), quando um homem foi preso após tentar atear fogo na própria esposa. O caso foi registrado na Rua Pixinguinha e mobilizou a Polícia Militar e serviços de emergência da cidade.
De acordo com informações da Polícia, a vítima foi agredida com um ferro de passar roupas e teve o corpo molhado com gasolina antes de conseguir escapar e correr até a casa de seu pai para pedir socorro. O agressor a perseguiu até o local, onde foi flagrado pelos policiais a arrastando pelo braço.
Polícia age rapidamente para deter agressor
A PM foi acionada pelo pai da vítima, que relatou os gritos de socorro da filha. Quando a equipe chegou à residência, o suspeito ainda estava cometendo as agressões, o que permitiu sua prisão em flagrante. A mulher foi imediatamente levada ao Hospital Municipal Mário Covas, onde recebeu atendimento médico e, após avaliação, foi liberada.
O agressor foi conduzido ao Plantão Policial de Hortolândia, onde o caso foi registrado como tentativa de feminicídio. Ele permanece detido e à disposição da Justiça.
Crime foi premeditado, segundo relato da vítima
Segundo depoimento da vítima aos policiais, o marido demonstrava sinais de agressividade e ciúmes excessivos. Na madrugada do crime, após discussão, ele usou um ferro de passar para agredi-la e, em seguida, jogou gasolina em seu corpo com intenção clara de atear fogo. Quando o isqueiro foi aceso, a mulher conseguiu escapar e buscar ajuda.
Esse padrão de violência doméstica, marcado por agressões físicas e psicológicas seguidas de tentativa de homicídio, é enquadrado legalmente como tentativa de feminicídio, um crime previsto no Código Penal brasileiro desde 2015.
Feminicídio: crime com agravantes previstos em lei
O feminicídio é o assassinato de uma mulher por razões ligadas à sua condição de gênero. Quando o crime não se consuma, como neste caso, é enquadrado como tentativa de feminicídio, com penas que variam de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser agravadas em casos de reincidência ou uso de meios cruéis, como o uso de fogo.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou em 2024 mais de 1.400 casos de feminicídio consumado, sendo o estado de São Paulo um dos que mais notificam episódios de violência contra a mulher. Casos como este em Hortolândia mostram que a rede de apoio e resposta rápida das autoridades ainda é fundamental para impedir tragédias maiores.
Hortolândia intensifica políticas de proteção à mulher
A cidade de Hortolândia, localizada na Região Metropolitana de Campinas, tem ampliado ações de proteção às mulheres em situação de violência. Além da Patrulha Maria da Penha, que acompanha casos de medida protetiva, o município possui serviços de apoio psicossocial e canais de denúncia como o CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social).
A denúncia de casos de violência pode ser feita pelo número 180 (Central de Atendimento à Mulher), pela Polícia Militar no 190, ou diretamente nas Delegacias da Mulher. Denúncias anônimas também são aceitas.
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