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Operação Policial expõe fraude na regularização de CNHs em São Paulo

Na quinta-feira, 23 de janeiro de 2023, a 3ª Delegacia de Polícia Sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados (DCCIBER) iniciou uma operação significativa para desmantelar um esquema fraudulento de regularização de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs). O esquema, que operava através do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), envolvia a inserção de informações falsas no sistema para resolver pendências de CNHs.

A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou a participação de 22 suspeitos especializados em aliciar clientes com problemas em suas CNHs. A maioria das abordagens ocorria nas proximidades do Detran, onde os suspeitos prometiam resolver as pendências de forma rápida e sem burocracia, cobrando valores que podiam ultrapassar R$ 3 mil. Este esquema atraía indivíduos interessados em soluções fáceis para suas situações irregulares.

Funcionários do Detran envolvidos no esquema se alternavam na realização de pesquisas e montagem dos processos, criando uma aparência de legalidade. Esses documentos eram então encaminhados para coordenação e validação. A Polícia Civil apurou que os envolvidos estavam cientes da ilegalidade das operações e mantinham comunicação constante para acompanhar o progresso dos procedimentos.

Um dos aspectos mais alarmantes da operação foi a descoberta de que CNHs foram regularizadas até mesmo para pessoas analfabetas, muitas delas oriundas de Minas Gerais. Os suspeitos utilizavam documentos falsificados, como diplomas escolares e comprovantes de endereço, para criar processos administrativos fictícios, inserindo-os no sistema do Detran sem levantar suspeitas.

A Polícia Civil também constatou que o esquema priorizava os processos de seus “clientes” em detrimento daqueles que procuravam a regularização de suas CNHs por meios legítimos. A operação resultou na emissão de 32 mandados de busca e apreensão e mandados de prisão em São Paulo, atingindo servidores do Detran, ex-funcionários, advogados, despachantes e intermediários conhecidos como “zangões”, que recrutavam os clientes para a fraude.

Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

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