Fuga em Mossoró: PF prende três por suporto auxílio a detentos

A Polícia Federal realizou a prisão de três indivíduos suspeitos de prestar auxílio aos presos que recentemente fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, situada no estado do Rio Grande do Norte. Este episódio marca um dos momentos críticos no sistema penitenciário brasileiro, evidenciando falhas de segurança e a complexidade da criminalidade organizada que transcende os muros das instituições prisionais.

Um dos suspeitos foi capturado pela polícia no momento em que retornava à sua residência em Mossoró, vindo de uma localidade vizinha no estado do Ceará. Esse fato sugere uma possível rede de apoio aos detentos que se estende além das fronteiras estaduais, complicando as operações de captura e investigação.

Segundo informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, as prisões ocorreram sob diferentes circunstâncias: uma em flagrante com posse de drogas, armas e munições; outra por mandado de prisão temporária solicitado pela PF; e a terceira por um mandado já existente. As ações resultaram na execução de nove mandados de busca e apreensão distribuídos por Mossoró e duas outras cidades do Ceará, Quixeré e Aquiraz.

Durante as buscas, foram apreendidos não apenas armas e drogas, mas também celulares e um veículo. Este último é suspeito de ter sido utilizado para facilitar a fuga dos detentos, fornecendo-lhes armamento. Esta operação ilustra a complexidade e o planejamento por trás da fuga, apontando para uma organização criminosa bem estruturada.

Auxílio Organizado a Fugitivos

A fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento da penitenciária de Mossoró não foi apenas um ato de desespero individual, mas sim o resultado de um esforço organizado que contou com o auxílio externo. Sua evasão marca a primeira fuga de uma unidade de segurança máxima no Brasil, um fato alarmante que desencadeou uma ampla mobilização das forças de segurança.

Cerca de 500 agentes, incluindo policiais federais, rodoviários federais e estaduais, foram mobilizados na busca pelos fugitivos, com o reforço de mais 100 homens da Força Nacional de Segurança Pública. Este grande contingente reflete a seriedade com que as autoridades estão tratando o caso, bem como a dificuldade em recapturar os fugitivos.

Investigações preliminares revelaram que a fuga foi facilitada pelo uso de ferramentas como alicates, encontradas dentro do próprio presídio. A unidade prisional passava por reformas internas, durante as quais os equipamentos não foram devidamente armazenados, proporcionando aos detentos os meios para sua fuga.

Atualmente, acredita-se que os detentos ainda estejam nas proximidades da penitenciária, o que mantém as autoridades em estado de alerta máximo. A situação destaca a necessidade contínua de vigilância e segurança rigorosa nas instituições penais, assim como a importância de investigar e desarticular as redes de apoio que possibilitam tais fugas.

Com informações da Agência Brasil de Notícias