Depois de quase um mês após a matar a golpes de faca a ex-mulher, a administradora Rosângela Marques dos Santos, de 31 anos, e a filha, Alicia Marques Ribeiro, de apenas três anos, Silvério Lúcio Ribeiro, de 38 anos, continua foragido. O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de maio, em Hortolândia. De acordo com o advogado Kleber Salotti de Almeida, depois do contato feito no dia das mães, Ribeiro não ligou mais.
“Ele não entrou mais em contato, desde o dia das mães. Estão dizendo que ele está em Maceió, mas ainda não é confirmado. Ele estava com medo, e pedi pra ele pensar, mas até agora não retornou”, relatou o advogado da família, que acredita que logo ele poderá se entregar.
“A família entende que ele irá se apresentar, mas até o momento não temos notícias dele. Se ele entrou em contato com alguém, ninguém falou nada”, completou.
ÚLTIMO CONTATO
Silvério teria feito contato com o advogado Kleber Salotti de Almeida e afirmou que se entregaria em breve. Segundo o advogado, ele estaria com medo e “agora estaria caindo a sua ficha”.
De acordo com Almeida, por volta das 16h do último dia das mães, Silvério teria ligado para ela após entrar em contato com o irmão. “Ele entrou em contato comigo ontem, domingo, e ligou de um telefone restrito, por isso não consigo saber onde ele está. O DDD, nada disso”, relatou. “Conversei bastante com ele, mas principalmente no sentido de tentar convencê-lo a se entregar”, completou.
“Nós o buscaremos, onde ele estiver, traremos pra delegacia, ele será ouvido, enfim, é importante para a própria integridade física dele. Para que ele responda o que tiver que responder, dentro da lei, direitinho”, afirmou o advogado.
DISCUSSÃO
“Ele falou que teve uma discussão na noite de domingo com a Rosângela. Eles estavam bem, no entanto, após beber, começaram a brigar. Ele sempre quis voltar com ela”, revelou.
“Até onde sabemos, eles mantinham uma relação, mas ela nunca mais quis voltar para a união estável, mas ao mesmo tempo não desistia de vez. Ele ainda a ajudava financeiramente”, informou.
Durante a discussão ela teria confessado que o traía desde a época em que estavam em uma união estável com o chefe dela. “Quem é esse chefe não sei, ele não disse nome, tudo isso foi o que ele me passou por telefone”, comentou.
SEGREDO
Sobre o segredo revelado por Rosângela, o advogado relata que, segundo o indiciado, essa teria sido a maior motivação. “Eu acredito que uma confissão dessa, visto o amor que ele tinha por ela, possa levar a um crime passional. Um sujeito ajuda de todas as formas, de repente tem uma notícia dessa da boca dela, é uma facada no coração dele, o que desencadearia a violência. Ele não tinha antecedentes criminais”, relatou.
“Ele andava deprimido nos últimos tempos, mas não posso dizer se tinha alguma doença em relação a isso, não existe nenhum laudo. Ele estava deprimido, calado, mas não sei se é fruto de uma doença”, revelou. “Ele está com medo de se apresentar, agora que está caindo a sua ficha do que aconteceu”.
O advogado relata que a proposta de se entregar foi feita, agora é aguardar uma resposta. “Ele ficou de pensar e me retornar, mas até o momento não retornou a ligação, nem para ninguém da família”, relatou.
A questão sobre a paternidade também foi levantada pelo indiciado. “Ele comentou ontem que em virtude da revelação, ele chegou a cogitar a hipótese de Alicia não ser filha dele. Pelo que ele me disse ela não falou nada expressamente nesse sentido. É claro que, no futuro, se for o caso, pediremos um exame de DNA, até para acabar com essa dúvida”.
O caso segue em investigação através da Polícia Civil de Hortolândia e Ubatuba. A Polícia Civil não divulgou nenhum novidade sobre o caso.
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