O sumiço de armamento de guerra do Exército brasileiro em Barueri, na Grande São Paulo, desencadeou uma operação coordenada entre as forças de segurança estaduais para rastrear o paradeiro dos fuzis desaparecidos e identificar possíveis intermediários envolvidos em sua negociação.
Embora a investigação do crime esteja sob a responsabilidade do Exército, dada sua natureza militar, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, por ordem do governador Tarcísio de Freitas, mobilizou suas equipes na tentativa de evitar que esse armamento caísse nas mãos de criminosos.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a Polícia Civil traçou um perfil das principais lideranças das organizações criminosas atuantes em São Paulo. Essa análise indicou que o armamento poderia ser direcionado a outro grupo criminoso que estaria disposto a adquirir as armas desviadas do quartel do Exército.
Com informações sobre a atuação da quadrilha e a provável localização das armas, uma equipe liderada pelo 1º Distrito Policial de Carapicuíba se dirigiu a São Roque, no interior do estado, para uma operação de busca.
No entanto, a ação não foi isenta de riscos. Os policiais foram recebidos com disparos de armas de fogo, embora o número exato de criminosos envolvidos não tenha sido confirmado. Houve uma troca de tiros, e os suspeitos conseguiram fugir para uma área de mata próxima.
A operação recebeu apoio dos Policiais Militares do 5º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e do Centro de Operações Especiais (COE). Juntos, empreenderam uma busca na mata que levou à descoberta das armas de guerra do Exército, escondidas em um lago.
O arsenal recuperado incluiu cinco fuzis .50, com capacidade para derrubar aeronaves, e quatro metralhadoras MAG calibre 7.62. Essas metralhadoras belgas têm um alcance de 2,5 mil metros e uma taxa de tiro de 600 a mil tiros por minuto, capazes de penetrar até veículos blindados.
Segundo o secretário Derrite, a recuperação dessas armas representa um grande avanço na segurança pública, salvando potencialmente muitas vidas, incluindo as de policiais e cidadãos. Até o momento, 17 das 21 metralhadoras furtadas do quartel de Arsenal de Guerra de São Paulo foram recuperadas, sendo oito delas no Rio de Janeiro.
O 1º Distrito Policial de Carapicuíba registrou a ocorrência da localização do armamento e conduzirá as investigações para identificar e prender os envolvidos na troca de tiros com os policiais, bem como os supostos intermediários nas negociações dessas armas.
“Quatro fuzis .50 ainda estão desaparecidos, e estou confiante de que, se eles estiverem no estado de São Paulo, o trabalho de investigação da Polícia Civil e dos agentes de campo da Polícia Militar os recuperará”, enfatizou o secretário.
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