Nesta quarta-feira (24), a Polícia Militar conduziu uma reintegração de posse na região conhecida como Vila Soma, em Sumaré, em cumprimento a uma ordem judicial originada de uma ação movida pela empresa Fema, proprietária da área.
Moradores alegam que aproximadamente 400 famílias seriam afetadas pela ação, no entanto, a Prefeitura de Sumaré comunicou que apenas cinco lotes foram envolvidos. Para a operação, cerca de 30 viaturas, incluindo policiais, bombeiros e ambulâncias, estiveram presentes no local.
A Vila Soma é uma comunidade estabelecida em Sumaré desde 2012, legalizada em 2017. A Defensoria Pública estima que cerca de 10 mil pessoas residam na área, que possui quase um milhão de metros quadrados, equivalente a 140 campos de futebol. Esta não é a primeira reintegração de posse na região.
Disputa e resistência durante a reintegração de posse
O advogado representando as famílias da comunidade explicou que a reintegração desta quarta-feira (24) envolveu aqueles que se recusaram a assinar um contrato de alienação fiduciária sobre um imóvel já pago à associação de moradores. Segundo ele, os moradores não receberam prestação de contas dos valores arrecadados e estão sendo forçados a assinar um contrato que os obriga a pagar novamente por algo que já possuíam.
Os moradores organizaram uma manifestação às 4h da manhã em resistência à ação policial. Apesar do clima tenso, a reintegração ocorreu de maneira pacífica.
Posição da Prefeitura
A Prefeitura de Sumaré esclareceu que a reintegração foi determinada judicialmente pelo Ministério Público, após uma ação da empresa Fema. A Administração Municipal confirmou que cinco lotes foram reintegrados, pertencentes a famílias que se recusaram a assinar o contrato de compra dos lotes com a empresa. Embora não seja parte do processo, a Prefeitura se comprometeu a oferecer auxílio às famílias necessitadas através da Secretaria de Habitação.
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