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Rafa pede a Tarcísio que amplie casas populares de 15 m² que serão entregues em Campinas 

O deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) requereu nesta semana ao governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) a ampliação das casas populares de 15 metros quadrados que estão sendo construídas em Campinas-SP e que vão abrigar famílias da ocupação Nelson Mandela. A medida foi solicitada em meio à briga política entre o prefeito da cidade, Dário Saadi (Republicanos), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois trocaram ataques nas redes sociais após o petista afirmar que, “se a moda pega, pobres terão de morar em poleiros” – em visível crítica à Prefeitura, responsável pelas edificações. 

Recentemente, o município de Campinas anunciou o programa de casas populares com metragem fora dos padrões praticados em políticas habitacionais. Fora do convencional, as residências, por exemplo, não têm janelas, além de serem consideradas pequenas para abrigar uma família de quatro ou de seis pessoas. A construção e os custos do projeto são de responsabilidade integral da Prefeitura, por meio da Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab). O modelo foi alvo de críticas na Imprensa e de lideranças políticas, incluindo o presidente Lula.  

Para mudar a realidade do futuro conjunto que será endereço da comunidade do Mandela, Rafa solicitou apoio da Secretaria de Estado da Habitação, por meio do programa Casa Paulista, e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Documentos foram protocolados neste sentido. A intenção do deputado do Cidadania é que o governo de Tarcísio de Freitas faça a intervenção no projeto e amplie as residências. Cada casa teria, então, 60 metros quadrados, e não mais 15 metros quadrados:  

“Conheço bem a história das famílias do (Nelson) Mandela, desde a primeira reintegração de posse. Mudar para uma casa de alvenaria é importante, mas é preciso que as novas condições de moradia sejam dignas. Por isso, estou pedindo a ampliação dessas casas para o Governo do Estado de São Paulo. A população precisa de respeito e menos discursos e brigas políticas, como a que estamos assistindo entre o prefeito de Campinas, que insiste em defender o projeto como está, com 15 metros quadrados, cada unidade, e o presidente Lula, que critica a Prefeitura, mas não apresenta uma única solução”, argumenta Rafa.  

Polêmica 

O projeto da Prefeitura de Campinas que vai contemplar a comunidade do Mandela prevê a construção de 116 casas para atender 450 pessoas – média de quatro moradores por residência. As moradias, inclusive, não são de graça. As famílias terão até seis meses para começarem a pagar o financiamento, de acordo com a administração municipal. 

No projeto original de 15 metros quadrados, cada casa tem condições de abarcar uma cama de solteiro ou uma cama de casal, uma escrivaninha de pequeno porte e um armário. Um dos cômodos, que deve abrigar a sala de estar, tem espaço unicamente para um sofá pequeno, uma mesa, uma estante e uma TV:  

“Espero que o Governo do Estado de São Paulo se sensibilize e possa nos ajudar nesta questão. Defendo a ampliação destas casas como fundamental para abrigar em condições dignas famílias com quatro ou até seis pessoas. Esses cidadãos precisam ter um espaço mínimo para a convivência, para os filhos estudarem e para empreenderem outras tarefas do cotidiano”, reforça o parlamentar. 

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