Os prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) aprovaram nesta quinta-feira (1), em mais uma reunião virtual, a proibição do consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos, de forma conjunta, nas 20 cidades que integram o bloco regional. O colegiado também deliberou por um reforço na busca por mais vacinas contra o coronavírus.
Agora, cada cidade deverá publicar um decreto para definir a proibição do consumo de álcool em espaços como praças e vias públicas das cidades. “Essa é mais uma medida que visa coibir as aglomerações de pessoas neste que é o pior momento da pandemia. Não se trata de uma ‘lei seca’. A pessoa pode tomar a sua bebida, mas tem que ser em casa”, explica o presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC e prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, que comandou a reunião. “Não é lei seca. Não estamos proibindo a venda, mas o consumo em áreas públicas como mais uma medida importante para coibir aglomerações”, explicou Dário Saad, prefeito de Campinas.
Na semana passada, o Conselho da RMC decidiu criar um “cinturão sanitário”, uma série de barreiras de orientação nas entradas das cidades, com o objetivo de desestimular a vinda de turistas, sobretudo da Grande São Paulo.
As medidas que reforçam o isolamento começam a fazer efeito. Nesta quinta, a maior parte dos 16 prefeitos que participaram da reunião também sinalizou uma leve melhora no quadro das infecções por Covid-19 nos municípios, com diminuição de casos de atendimento na rede básica. Eles creditam esse cenário ao endurecimento nas medidas de isolamento e também num aumento da conscientização por parte da população. “A nossa esperança é que essa tendência se concretize”, disse o Thomaz Oliveira, prefeito de Itatiba. Por outro lado, a taxa de ocupação de leitos, tanto de UTI quanto de enfermaria, continua alta, com sobrecarga na maioria das cidades. Por isso, o foco dos chefes do Executivo municipal continua sendo a busca por mais vacinas.
LEVANTAMENTO. Durante a reunião virtual, o prefeito de Santa Bárbara, Rafael Piovezan, apresentou um levantamento feito na cidade com 3% dos moradores que foram infectados pela doença – algo em torno de 400 pessoas – e que responderam questionamentos sobre deslocamento, ocupação e locais onde acredita que tenha sido infectada pela Covid-19. “Sobre o deslocamento, mais de 50% das pessoas entrevistadas disseram que vão ao trabalho no próprio veículo e sem acompanhantes. Só 1,9% disse que utiliza o transporte público. Já sobre a ocupação, 38% desses nossos moradores trabalham em serviços administrativos, como escritórios, por exemplo. Outros 26% são empregados do comércio e 20% da indústria. Os profissionais da Educação e da Saúde representaram 4,6% e 3,8%, respectivamente. E em relação aos locais onde essas pessoas acreditam que tenham sido infectadas, 36% disseram em confraternizações, festas e reuniões informais”, detalhou Piovezan. Ainda segundo ele, o levantamento servirá para novas estratégias sejam adotadas pela Administração Municipal.
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