Os trabalhadores do Sistema Petrobras em todo o país iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (15), após rejeitarem em assembleias a última contraproposta da estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Na Replan (Refinaria de Paulínia), na região de Campinas, os petroleiros realizaram um protesto pela manhã. Segundo o sindicato, não houve troca de turnos às 7h, indicando impacto nas atividades da unidade.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) listou três principais pontos de impasse nas negociações:
- Fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que impõem descontos nos salários de ativos, aposentados e pensionistas para cobrir déficits do fundo de previdência.
- Melhorias no plano de carreira e salários.
- Defesa de um modelo de negócios que fortaleça a estatal, com contenção da terceirização e parcerias que precarizam o trabalho.
“Motivo para a greve não nos falta”, afirmou o diretor de comunicação da FUP, Paulo Neves, destacando que o movimento é focado nas reivindicações trabalhistas, mesmo mantendo apoio político ao governo. A FUP critica a gestão de Magda Chambriard, acusando-a de dificultar as negociações e adotar decisões unilaterais, como transferências e demissões.
Posição da Petrobras em relação à greve
Em nota, a Petrobras afirmou que não há impacto na produção de petróleo e derivados, garantindo que adotou medidas de contingência para assegurar as operações e o abastecimento do mercado. A empresa disse respeitar o direito de manifestação e manter o diálogo com os sindicatos, reiterando que sua última proposta, apresentada em 9 de dezembro, contempla avanços nos principais pleitos.
A greve ocorre em um contexto de tensão, com a categoria questionando o pagamento de R$ 37,3 bilhões em dividendos aos acionistas nos primeiros nove meses do ano, enquanto a oferta salarial no ACT seria de um ganho real de apenas 0,5%. Novas manifestações são esperadas nos próximos dias enquanto as negociações permanecem travadas.
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