A sessão do Conselho Universitário da Unicamp (Consu), realizada hoje (16), precisou ser temporariamente suspensa após a entrada de manifestantes contrários ao projeto que propõe a autarquização da área da saúde da universidade. A reunião tinha como principal pauta a votação da mudança no modelo de gestão, mas foi interrompida depois que participantes protestaram dentro da sala.
Durante a sessão, manifestantes criticaram o fato de as portas estarem fechadas para a comunidade acadêmica e entoaram gritos contra a proposta de autarquização. Pouco depois, a transmissão ao vivo foi interrompida. Segundo informações da assessoria da Unicamp, os conselheiros se reuniram com o reitor para discutirem sobre o ocorrido e definirem os próximos passos sobre a continuidade da votação.
Conselho Universitário da Unicamp
O clima de tensão ocorre em meio à paralisação de cerca de 30% dos servidores da área da saúde, iniciada ontem (15), segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU). De acordo com a entidade, ambulatórios e cirurgias eletivas são os setores mais afetados. O Hospital de Clínicas afirma que mantém todas as atividades assistenciais, enquanto o Hospital da Mulher (Caism) relatou maior impacto nos serviços de enfermagem.
A proposta em debate prevê que a área da saúde deixe de integrar diretamente a estrutura administrativa da Unicamp e passe a funcionar como uma autarquia, denominada Hospital das Clínicas da Unicamp (HC-Unicamp), vinculada à Secretaria de Saúde do Estado.
A universidade defende que a mudança permitirá redirecionar cerca de R$ 1,1 bilhão do orçamento para expansão acadêmica, enquanto o sindicato alerta para riscos de perda de controle administrativo, impacto nos empregos e na qualidade do atendimento à população.
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