As chuvas registradas no último final de semana não foram suficientes para alterar o volume de água nos mananciais que abastecem as cidades da região, que continuam com queda na vazão, por isso, a onda de racionamento continua valendo para as cidades da região. A informação é da Sabesp (Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto).
Até o momento, nenhuma das cidades – Hortolândia, Monte Mor, Sumaré e Nova Odessa – teve registro de falta de água. Já Campinas foi prejudicada pelo fornecimento de água devido à baixa captação do Rio Atibaia. Com isso, o governador Geraldo Alckimin autorizou a vazão do Sistema Cantareira para os rios que abastecem a região.
De acordo com a Agência PCJ, reguladora dos serviços de saneamento das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, a estiagem afetou intensamente a capacidade de armazenamento do Sistema Cantareira, complexo de represas nas cabeceiras das Bacias PCJ que respondem pelo abastecimento de 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo e outros 5,5 milhões nas Bacias PCJ. O risco de desabastecimento vem do atual período atípico de seca na Região Sudeste do Brasil em pleno verão, período que deveria ser o mais chuvoso do ano, somado aos constantes recordes de calor – o que aumenta o consumo de água tratada.
Riscos
O Consórcio PCJ realizou estudo técnico sobre os possíveis impactos no Sistema Cantareira caso a estiagem e os níveis de chuvas bem abaixo da média persistam nos próximos meses. Pelos ensaios realizados, com as precipitações que estão ocorrendo, somado à quantidade de água que está entrando no sistema e o que está sendo retirado para o abastecimento, há grande possibilidade de ser totalmente consumida a água armazenada nos reservatórios em 100 dias. Os técnicos do Consórcio PCJ usaram como parâmetro a média das precipitações nos últimos três meses, que estão 50% menores que a média histórica para o período e verificaram a chamada vazão de afluência (a quantidade de água que entra no Cantareira).
Pelos cálculos do Consórcio PCJ, é grande a possibilidade das cidades enfrentarem problemas de escassez hídrica durante a Copa do Mundo, em junho. Tanto a Grande São Paulo como as Bacias PCJ receberão diversas seleções que ficarão hospedadas para o torneio de futebol. Até o momento, a região Metropolitana de Campinas será a casa de seleções como a Portugal e Nigéria, enquanto a Grande São Paulo será a base das seleções Norte-Americana, do Irã, e da Colômbia.
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