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Vacinação contra o HPV já é realidade em Hortolândia

Meninas de 11 a 13 anos de idade já têm acesso à vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), agente causador do câncer de colo de útero. Em Hortolândia, a campanha teve início com uma cerimônia simbólica na USF (Unidade de Saúde da Família) do Parque do Horto. O evento contou com a presença do prefeito Antonio Meira, da secretária de saúde, Paula Nista, e da deputada estadual Ana Perugini.

Na última terça-feira (11), o vereador Marcos Antonio Panicio, o Mercadão (PT), apresentou uma moção de aplausos à deputada Ana Perugini e ao ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pela conquista da vacina para a rede pública.

A vacina entrou no calendário básico obrigatório. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 80% do público-alvo em cada cidade, formado por cerca de 5,2 milhões de garotas. “A vacina já estava autorizada na rede privada de saúde e então começamos uma campanha por achar injusto só ter acesso à imunização quem tinha condições de pagar. Por isso, por meio da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, começamos uma série de ação para introdução da vacina na rede pública e pela conscientização sobre os males causados pela doença”, contou a deputada.

Ana é autora do projeto de lei estadual que autoriza o Poder Executivo a instituir a campanha de vacinação contra o HPV, no entanto, o Governo do Estado não executou o projeto. Segundo Ana, depois de uma campanha em todo Estado, que culminou na articulação com o ex-ministro Alexandre Padilha, foi que a vacinação se tornou realidade em todo o país.

A próxima luta da deputada é estender a vacinação para outras faixa-etárias. “A vacinação foi disponibilizada para uma determinada faixa-etária com maior eficácia de imunização, mas nada impede que mulheres acima de 13 anos também sejam vacinadas”, disse ela. Também é fruto da deputada a lei que institui o dia 11 de março como ‘Dia Estadual de Combate e Prevenção ao Câncer de Colo de Útero’.
 

Vacinação

Nesta campanha, a meta de vacinação em Hortolândia é imunizar, pelo menos, 95% do público alvo – garotas com idade entre 11 e 13 anos completos. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o município possui 5.387 meninas com a idade recomendada para a campanha deste ano. Nos próximos anos, a faixa etária diminuirá gradativamente, até que a vacina se torne obrigatória aos nove anos de idade.

“Acho importante esta campanha porque é uma forma de prevenção. Ninguém quer ficar doente. Minha família me incentivou a tomar a vacina e eu vim”, disse a adolescente Emyly Gonçalves da Silva, de 13 anos, que foi vacinada na cerimônia de abertura da campanha.

O esquema de vacinação é eficaz após a aplicação de três doses. A segunda deve ser aplicada após seis meses da primeira dose. Já a terceira dose, cinco anos depois da primeira, de preferência do mesmo mês. Em todo o país, a vacina que será utilizada é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de vírus HPV. Hoje são conhecidos cerca de 150 tipos de vírus HPV, sendo que 12 destes vírus são de alto risco, podendo infectar o trato genital e provocar câncer ou verrugas genitais.

A transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada, como ocorre durante a relação sexual. Por isso, a indicação da vacina antes do início da atividade sexual garante maior proteção para as pessoas que nunca tiveram contato com a doença.

“A vacinação será permanente. Mesmo após o dia 10 de abril, quando se encerra a campanha, a vacinação prossegue nas unidades de saúde. Por isso, é importante que todos saibam a importância desta vacina, e estejam informados que ela passa a fazer parte do calendário obrigatório”, destacou a secretária de saúde.

Parceria com as escolas

Para garantir a meta de vacinação em Hortolândia, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde – Atenção Básica e Especializada, contará com auxílio de escolas municipais, estaduais e particulares. As equipes das unidades de saúde mais próximas de cada escola serão responsáveis por aplicar a vacina em datas pré-estabelecidas pela unidade escolar. Cabe à escola avisar aos pais esta data, para que cada aluna leve sua carteira de vacinação e uma autorização assinada pelo seu responsável. Sem a carteira de vacinação ou esta autorização, a jovem não será vacinada.

Caso a estudante falte à aula na data da vacina, é preciso procurar a unidade de saúde de referência da escola onde a adolescente está matriculada. Neste caso, também será obrigatória a apresentação da carteira de vacinação e a autorização entregue pela escola.

Fonte: Prefeitura de Hortolândia

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