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Simpósio reúne mais de 300 interessados em se atualizar sobre educação especial e inclusiva

A fim de discutir os “Transtornos do Neurodesenvolvimento”, centenas de pessoas reuniram-se, na noite desta segunda-feira (11/11), no auditório da FACH (Faculdade de Hortolândia), no Jd. Amanda, na abertura do VII SEEI (Simpósio de Educação Especial e Inclusiva 2019), promovido pela Prefeitura de Hortolândia. As diretoras Maybe L. Lordano de Freitas (Educação Básica), Fabiana Rodrigues (Ciência e Tecnologia) e Selma Epifania (Educação Integral), assim como a coordenadora da Educação Especial, Regina Célia A. D. Shigemoto, receberam os palestrantes convidados e os inscritos no simpósio.

Gratuito, o evento voltado a profissionais da educação, saúde e interessados em se atualizar sobre o tema se estende até esta quarta-feira (13/11), com palestras com grandes nomes da área (veja abaixo), sempre no período da noite. Segundo os organizadores, a edição deste ano tem mais de 350 inscritos. 

No primeiro dia de trabalhos, “Dificuldades e transtornos de aprendizagem” foram o primeiro aspecto em pauta. O assunto foi abordado por Fernanda Lima, mestra em Saúde Interdisciplinaridade e Reabilitação (FCM/Unicamp-Universidade Estadual de Campinas). A psicóloga esclareceu que os Transtornos da Aprendizagem referem-se a um distúrbio do desenvolvimento e têm prevalência  de 5% a 15% da população escolar. Têm início em fases precoces da vida e podem persistir até a idade adulta. Por isso, a importância de conhecer e compreender os sinais desde da primeira infância, realizando as intervenções necessárias.

Em seguida, coube ao médico Sílvyo David Araújo Giffoni, doutor em Ciências Médicas pela Unicamp, neuropediatra do Disapre (Ambulatório de Distúrbios de aprendizagem) da Unicamp, do Ciapre (Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem) e do Sensi Saúde, falar sobre “Avaliação neurológica do escolar”. O profissional, renomado entre os que atuam na inclusão e na adaptação escolar de alunos, conscientizou os presentes quanto à importância da atuação dos professores junto aos alunos com diferentes formas de aprender e da estimulação dos sentidos, orientada  pelas fases do desenvolvimento infantil. Giffoni ressaltou que as crianças  necessitam vivenciar, experimentar, aguçar todos os sentidos, principalmente a coordenação motora  global, que, nos últimos tempos, tem sido negligenciada pelo uso em excesso de telefones inteligentes, tablets e celulares, bem como pela ausência ou superproteção da família. O pediatra enfatizou a neuroplasticidade cerebral, que possibilita a criação de novas rotas de aprendizagem, de acordo com a estimulação recebida.    

Por fim, a psicóloga Márcia Maria Toledo, doutora em Ciências Médicas pela Unicamp, discorreu sobre “Transtornos emocionais”. Segundo ela, muitas crianças e adolescentes estão doentes por vários fatores externos e necessitam de ajuda para crescerem adultos saudáveis. Caso contrário, podem se  perder na vida do crime, das drogas, do suicídio ou de outros riscos. Ela mostrou o quanto é importante a prevenção. Para tanto, é necessário estar atento aos  sintomas e cuidados  desde da infância. Salientou o esforço dos professores para com os alunos que apresentam características de transtornos emocionais e necessitam mais do que aulas, mas sim de compreensão, acolhimento e intervenção para que possam superar as dificuldades, a  alienação e os fracassos que a vida impôs a eles.

De acordo com a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, o objetivo do simpósio é discutir aspectos importantes na atenção das pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, no que se refere a diagnóstico, avaliação, estratégias de intervenção, bem como inclusão educacional e social, pautados nos preceitos das leis que garantem proteção e igualdade  de oportunidades para todos.

Ao longo de três dias, o evento contará com a participação voluntária de outros profissionais, de diversas especialidades, do Ciapre e do Disapre/Unicamp. Dentro de uma proposta interdisciplinar, os palestrantes abordarão temas voltados à saúde mental e  aprendizagem na infância e adolescência. “Transtornos do Neurodesenvolvimento” é o termo utilizado na 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V), para descrever os diversos tipos de transtornos que afetam crianças, adolescentes e adultos na vida familiar, social, escolar e no trabalho.

“Sou muito grata pelo apoio e participação de todos – 358 participantes interessados e atentos às palestras. O simpósio sempre é um marco no trabalho da Educação Especial e Inclusiva. Em todas as edições, procuramos trazer os melhores profissionais, as melhores práticas na Educação Especial e Inclusão. Contamos com profissionais capacitados, com larga experiência no atendimento de escolares com transtornos do neurodesenvolvimento”, salientou a coordenadora Regina Shigemoto, uma das organizadoras do evento.

 

SERVIÇO:

VII Simpósio de Educação Especial e Inclusiva 2019

Data: 11 a 13/10

Local: FACH (Faculdade de Hortolândia)/ UNIESP (Universidade Brasil)

Endereço:  Av. Santana, 1070, Jd. Amanda

 

Confira abaixo a programação completa: 

 

12/11, terça-feira

18h30 as 19h20 – Dificuldades e transtornos da matemática (Dra. Sonia D Rodrigues) 

19h20 as 20h10 – Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade: manejo escolar (Gabriella Conte) 

20h10 às 20h30 – Intervalo  

20h30 às 21h30 – Dislexia: mitos e verdades  (Janaína Ap. O. Augusto)

 

13/11, quarta-feira 

18h30 as 19h30 – Autismo (Ms. Fernanda Caroline P. Silva)

19h30 as 20h20 – Dificuldades e transtornos da escrita: Identificação e intervenção precoce (Rita Fornasari)

20h20 as 20h40 –  Intervalo 

20h40 às 21h30 – Transtornos do neurodesenvolvimento: possibilidades de adaptação pedagógica (Rachel Orsi)

 

Conheça os palestrantes:

Silvyo David Araújo Giffoni 

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1994), Especialista em Neuropediatria pela UNESP (1997), Especialista em Genética pela Unicamp (1999), mestrado em Ciências Médicas pela Unicamp (2000) e doutorado em Ciências Médicas pela Unicamp (2005). Possui, ainda, graduação em Administração pela Universidade Estadual do Ceará (1989). Atualmente é o Neuropediatra do Ambulatório de Distúrbios de aprendizagem (DISAPRE) da Unicamp, Neuropediatra do CIAPRE (Centro de Investigação da atenção e Aprendizagem) e do Sensi Saude. Neuropediatra da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Nova Odessa e do CEIVI (Centro de Especialidades Integradas de Vinhedo). Pediatra do Hospital Municipal de Paulínia. Membro do grupo de pesquisa CNPq Neurodesenvolvimento, aprendizagem e escolaridade. professor visitante e pesquisador da Unicamp. É membro da International Child Neurology Association (ICNA), da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI), da Associação Brasileira de Neurologia (ABN), da Sociedade Brasileira de Genética Médica e da Associação Brasileira de Neurologia Psiquiatria Infantil e àreas afins (ABENEPI), tendo já sido secretário e tesoureiro e vice presidente da ABENEPI paulista.Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neuropediatria e Genética atuando principalmente nos seguintes temas: Autismo, TDAH, Transtornos de aprendizagem, adaptação escolar e inclusão, Paralisia cerebral, reabilitação, equoterapia, epilepsia e cefaléia. Em genética em erros inatos do metabolismo, Síndrome de Down, displasia frontonasal, anomalias craniofaciais, defeitos de linha média facial. Idealizou e mantém ativo desde 2017, o GEPETEA (Grupo de estudos permanentes em transtornos do espectro autístico).

 

Sônia das Dores Rodrigues

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas (1997), mestrado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2003) e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2008). Tem especialização em Psicopedagogia e Psicomotricidade. Atualmente é pesquisadora do DISAPRE (Laboratório de Pesquisa em Distúrbio da Aprendizagem e Transtornos da Atenção); Membro do Grupo de Pesquisa CNPq Neurodesenvolvimento, Escolaridade e Aprendizagem; Coordenadora do CIAPRE (Centro de Investigação da Aprendizagem), Membro da Diretoria da ABENEPI Nacional (2016-2017 e 2018-2019) e Membro da Diretoria (São Paulo) da Associação Brasileira de Psicomotricidade, Atua nas áreas de educação e saúde (neuroeducação), investigando aspectos relacionados ao neurodesenvolvimento, dificuldades e transtornos da aprendizagem e problemas de atenção. Foi Presidente do Capítulo Paulista da ABENEPI (2014-2015) (Texto informado pelo autor)

Gabriela Conte  – Psicóloga e Neuropsicóloga   

Mestranda em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Graduação em Psicologia (Pontifícia Universidade Católica de Campinas/PUC-Campinas). Tem aprimoramento profissional em “Psicologia clínica aplicada à neurologia infantil” (FCM/ UNICAMP). Atualmente é membro do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE/ UNICAMP). Membro da equipe interdisciplinar do Ambulatório de Neuro-Dificuldades de Aprendizagem no Hospital de Clínicas (UNICAMP), do Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem (CIAPRE) e da Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e profissões afins (ABENEPI). Monitora dos cursos de especialização em Neuropsicologia Aplicada à Neurologia Infantil (UNICAMP). Tem experiência na área de psicologia, com ênfase em neuropsicologia.                   

 

Fernanda Caroline Pinto da Silva 

É graduada em Fonoaudiologia pela Universidade Estadual de Campinas (2007), especialista em Saúde Mental com Ênfase em Transtorno do Espectro Autista pelo INAPEA (2013), especialista em Neuropsicologia Aplicada à Neurologia Infantil pela Escola de Extensão da Universidade Estadual de Campinas- Extecamp (2014), mestranda do programa de Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação – FCM/ UNICAMP (2017). Tem experiência nas áreas de Fonoaudiologia clínica, educacional e hospitalar, atuando principalmente nos seguintes temas: Neurociências, Neurodesenvolvimento, Aprendizagem, Educação Inclusiva, Transtorno do Espectro Autista, Afasias e Disfagias. 

Marcia Maria Toledo 

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1992), aprimoramento em Neurologia Infantil – UNICAMP (1993), Especialização em Psicomotricidade – Organização Internacional de Psicomotricidade OIP (1996), mestrado (2000) e doutorado (2006) em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas. Docente da Universidade Paulista – UNIP – Limeira. Membro do Laboratório de Pesquisa em Dificuldades, Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos de Atenção – DISAPRE/UNICAMP. Psicóloga Psicomotricista Clínica de crianças e adolescentes – Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem – CIAPRE. Atua principalmente nos seguintes temas: Psicoterapia Comportamental Infantil, Orientação Familiar, Transtornos do Neurodesenvolvimento, Transtornos Comportamentais e Emocionais na Infância e Adolescência, Avaliação psicomotora e neuropsicológica, Orientação escolar, Psicomotricidade e Supervisão.

Fernanda de Lima

Graduação em Psicologia (Universidade Estadual de Londrina). Mestra em Saúde Interdisciplinaridade e Reabilitação (FCM/UNICAMP). Aprimoramento Profissional em Psicopedagogia em Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP), título de especialista em Neuropsicologia pelo Conselho Federal de Psicologia. Formação em Reabilitação Neuropsicológica/Cognitiva (FM/USP). Atualmente realiza atendimentos a crianças e adolescentes na área de educação especial. Tem experiência na área de psicologia, com ênfase em neuropsicologia.

 

Janaína Aparecida de Oliveira Augusto

Possui graduação em Psicologia pela Universidade São Francisco, aprimoramento profissional em psicologia clinica em neurologia infantil e especialização em neuropsicologia aplicada à neurologia infantil pela Unicamp , formação em reabilitação neuropsicológica pela USP. Tem experiência na área de psicologia, com ênfase em Psicologia educacional, avaliação e reabilitação neuropsicológica infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: avaliação infantil, avaliação neuropsicologia, dificuldades de aprendizagem, acidente vascular cerebral na infância e lesões adquiridas na infância. Atualmente é membro do grupo de pesquisas Anormalidades Neurovasculares na Infância e Adolescência (ANVIA / UNICAMP), do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades em Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE – UNICAMP) e da equipe clínica do Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem (CIAPRE) e supervisora do programa de aprimoramento em Psicologia Clínica e Psicopedagogia em Neurologia Infantil.

Rachel Cristina Coppola Orsi Rodrigues

Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1999). Especialização em Psicopedagogia pela UNICAMP (2003) Neurociência (2016) Atualmente é psicopedagoga do Centro de Investigação da Atenção e Aprendizagem CIAPRE. Pedagoga -Colégio Rio Branco.Membro do DISAPRE/FCM/UNICAMP. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Avaliação e intervenção nas dificuldades de aprendizagem. 

 

Rita de Cássia Coutinho Vieira Fornasari

Graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1987), especialização em Fonoaudiologia Clínica (CEFAC), e em Neuropsicologia Aplicada á Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP). Membro da equipe do ambulatório de Neuro- Dificuldades de Aprendizagem (Hospital de Clínicas da Unicamp) e membro do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE/UNICAMP). Fonoaudióloga na Clínica Bem Estar

 

Rita de Cássia Coutinho Vieira Fornasari  

Graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1987), especialização em Fonoaudiologia Clínica (CEFAC), e em Neuropsicologia Aplicada á Neurologia Infantil (FCM/UNICAMP). Membro da equipe do ambulatório de Neuro- Dificuldades de Aprendizagem (Hospital de Clínicas da Unicamp) e membro do Laboratório de Pesquisa em Distúrbios, Dificuldades de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE/UNICAMP). Fonoaudióloga na Clínica Bem Estar. 

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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