Após uma semana de intenso trabalho, equipes da UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), da Secretaria da de Saúde da Prefeitura, concluíram, nesta terça-feira (25/07), o bloqueio na região do Residencial São Sebastião, onde foi confirmado o primeiro caso de raiva canina em Hortolândia. A ação corresponde à primeira etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica 2018 no município, que prossegue, em agosto e setembro, desta vez de maneira espontânea, em postos fixos (veja no arquivo anexo).
Neste período, 1.690 imóveis foram visitados e 830 abriram as portas para receber os agentes. Após consulta de carteirinhas, as equipes aplicaram vacina antirrábica em 774 animais de estimação, 609 cães e 165 gatos. O número superou a meta prevista, que era de imunizar 570 animais domésticos. A boa notícia é que, após a visita casa a casa, não foi encontrado nenhum outro animal com sintomas da doença nos quatro bairros – Adventista Campineiro (inclusive o Condomínio Flamboyant), Jardim Novo Cambuí e Jardim das Figueiras 1 e 2.
Segundo o médico veterinário da UVZ, Evandro Alves Cardoso, responsável pelo bloqueio, o fato de a comunidade local estar ciente do caso positivo e também da importância da vacinação para evitar a disseminação da raiva animal contribuiu para o êxito da ação. “Tivemos uma boa receptividade por parte da população, que recebeu bem os agentes, disponibilizou as carteirinhas e permitiu a vacinação de cães e gatos. Algumas casas fechadas serão novamente visitadas neste sábado e domingo”, explica o veterinário.
Campanha de vacinação
Fora da área específica, atendida pelo bloqueio, a Campanha de Vacinação Contra a Raiva 2018 acontecerá em agosto e setembro, durante quatro finais de semana sequenciais, exceto no correspondente ao Dia dos Pais, em unidades volantes e prédios públicos (veja arquivo anexo). As datas disponibilizadas são: 04 e 05/08, 18 e 19/08, 25 e 26/08, 01 e 02/09. A vacinação é gratuita. Os tutores devem levar o animal ao posto de vacinação mais próximo das 8h às 17h. É importante levar a carteira de vacinação.
“É muito importante que os tutores vacinem anualmente seus cães e gatos contra a raiva, que participem da campanha anual para evitar a contaminação dos animais, uma vez que o vírus circula nos morcegos que transitam pela cidade. A vacinação é gratuita e pode evitar situações como esta. É o primeiro caso registrado da doença em cão ou gato na história da cidade. Antes, havia registros eventuais, somente em morcegos”, orienta Cardoso.
Outras dúvidas podem ser esclarecidas pelos profissionais da UVZ pelos telefones 3897-3312 e 3897-5974. A unidade especializada funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Athanásio Gigo, 60, Chácaras Recreio 2.000.
Para entender o caso
A Secretaria de Saúde de Hortolândia recebeu do Instituto Pasteur, no dia 5 deste mês, a confirmação de que o caso suspeito, em investigação pela UVZ, era de raiva canina. O cão, sem raça definida, com dois anos de idade, nunca havia sido vacinado contra a raiva. Vivia com os tutores em uma residência na região do São Sebastião. Em maio deste ano, conseguiu fugir de casa, certo dia, saindo por entre as grades do portão. Segundo relato dos donos e de vizinhos, na rua, foi visto com um morcego na boca. No dia 27 de junho, começou a apresentar alteração no comportamento, como apatia (tristeza), andar cambaleante e emagrecimento. Na ocasião, foi atendido por veterinário de estabelecimento particular. O caso apresentou rápida evolução para paralisia dos quatro membros, com a manifestação de outros sintomas neurológicos. No dia dois deste mês, os donos optaram por sacrificá-lo.
Com o resultado positivo em mãos, a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, realizou uma série de ações de investigação do caso e encaminhou para a devida profilaxia, por meio de aplicação de vacina e soro antirrábico, todas as pessoas que tiveram contato de risco para transmissão da raiva. Além disso, a Prefeitura providenciou a capacitação dos agentes que atuarão na vacinação de cães e gatos e deu início à ação do bloqueio, na área específica. Entre as medidas previstas na ação estão a visita domiciliar para comunicar o caso à população, o levantamento do número de cães e gatos existentes em cada imóvel, bem como do status vacinal para raiva destes animais e a orientação à comunidade sobre o papel do morcego que vive em áreas urbanas na transmissão da doença.
“Não há motivo para pânico. Trata-se de um ‘caso atípico’, uma vez que o município não possui o vírus da raiva circulando. A Prefeitura está empregando todos os recursos necessários para evitar a proliferação da doença”, esclarece a secretária de Saúde, Odete Carmem Gialdi.
Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia
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