Oferecida por meio de parceria entre secretarias de Saúde e de Educação, Ciência e Tecnologia, formação gratuita visa auxiliar médicos estrangeiros a aprimorar comunicação com pacientes
Doze médios cubanos, que atuam na rede municipal de Saúde de Hortolândia, começaram, nesta terça-feira (02/05), a cursar a formação gratuita “Brasilidades”, que visa aprimorar os conhecimentos destes profissionais sobre a língua portuguesa e a cultura brasileira. As aulas acontecem às terças-feiras, das 19h às 20h30, no Centro de Formação dos Profissionais em Educação Paulo Freire, no Remanso Campineiro.
A iniciativa é uma parceria das secretarias de Saúde e de Educação, Ciência e Tecnologia. Além do salário mensal, pago pelo governo federal, os médicos participantes do convênio recebem, como contrapartida da Prefeitura, ajuda de custo de R$ 2.500/mês para cobrir despesas com alimentação e hospedagem. A partir de agora, contam com esta ajudinha a mais para facilitar a comunicação médico-paciente e para auxiliar na adaptação a uma nova cultura.
Gírias e expressões idiomáticas
O primeiro módulo, que trata do tema “variação linguística”, prevê cinco encontros, entre os dias dois e 30 deste mês. “Se for necessário, podemos aumentar o número de aulas”, ressalta a coordenadora pedagógica responsável pela formação, Carmem Pessoa. “O foco é comunicativo, com destaque para a linguagem oral, mas também trataremos de leitura e escrita ao abordar temas como uso de expressões idiomáticas, gírias e falsos cognatos, por exemplo”.
No dia a dia, palavras em espanhol que são parecidas com outras em português (os falsos cognatos) podem gerar conversas truncadas, tanto no consultório, como no supermercado. É o caso dos termos “Apellido” e “Rato” que, embora lembrem, na forma, palavras usadas na língua portuguesa, em espanhol significam coisas muito diferentes. A primeira quer dizer “sobrenome” e a segunda, “momento”. Outra barreira pode ser as expressões idiomáticas, como no caso de “echar una cabezada”, que quer dizer simplesmente “tirar uma soneca”.
É para auxiliar em impasses linguísticos como estes e situações envolvendo comportamentos e peculiaridades culturais que a formação está sendo oferecida.
Atualmente, há 13 médicos cubanos trabalhando pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em USFs (unidades de Saúde da Família), em Hortolândia.
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