A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), uma grande operação contra fraudes em licitações públicas, com foco principal em Hortolândia e Sumaré, na Região Metropolitana de Campinas. A ação faz parte de uma investigação que apura um suposto esquema de corrupção e desvio de recursos públicos federais e municipais.
De acordo com informações da PF, foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em três estados — São Paulo, Distrito Federal e Paraná — expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas.
Vice-prefeito de Hortolândia é preso
Entre os alvos da operação está o vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César (PSB), preso preventivamente nesta manhã. A diretora de Gestão de Contratos, Simone Antoniel, também é alvo de mandado de prisão, mas não havia sido localizada até o fechamento desta reportagem.
As investigações apontam que o grupo investigado manipulava processos licitatórios e direcionava contratos públicos em troca de vantagens indevidas. A ação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Militar, responsáveis por dar suporte logístico e coletar documentos e equipamentos.
Diligências em prédios públicos
Em Hortolândia, agentes federais estiveram na Prefeitura e em outras unidades administrativas ligadas à área de contratos e licitações. Segundo nota oficial, a Prefeitura confirmou a presença da PF e afirmou que “a diligência trata-se de apuração sobre denúncias em processo de licitação”, destacando que a administração “está à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as apurações”.
Em Sumaré, as equipes da PF cumpriram mandados em secretarias e no Arquivo Público, recolhendo cópias de processos licitatórios e contratos da empresa Life Tecnologia Educacional Ltda., que fornecia materiais didáticos e equipamentos de robótica para escolas municipais.
Já em Limeira, os agentes estiveram na construtora MC Botion, ligada ao ex-prefeito Mário Botion, e em Piracicaba, na sede da mesma empresa de tecnologia mencionada na investigação.
Prefeituras se manifestam
A Prefeitura de Hortolândia emitiu nota oficial informando que a ação da Polícia Federal está relacionada a denúncias envolvendo licitações e que a administração municipal “reitera seu compromisso com a transparência e a legalidade, colaborando integralmente com as investigações”.
A Prefeitura de Sumaré também confirmou o cumprimento de mandados e esclareceu que os contratos sob investigação foram firmados em 2020, na gestão anterior, não havendo relação com a atual administração. O Executivo sumareense ressaltou que a medida tem caráter investigativo, sem qualquer conclusão sobre responsabilidades, e reafirmou o compromisso com a ética e a boa gestão dos recursos públicos.
Crimes investigados
De acordo com a PF, os suspeitos poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.
Os investigadores apuram o envolvimento de servidores públicos, empresários e intermediários na manipulação de processos licitatórios que teriam causado prejuízos significativos aos cofres municipais e federais.
Contexto regional
Hortolândia tem se destacado nos últimos anos como um dos municípios que mais investem em infraestrutura e tecnologia na RMC. A operação da PF acende um alerta sobre a importância da fiscalização e da transparência na gestão dos contratos públicos, especialmente em áreas sensíveis como educação e tecnologia.
FAQ – Operação da PF em Hortolândia
1. Por que a PF realizou operação em Hortolândia?
A Polícia Federal investiga fraudes em licitações e desvio de recursos públicos envolvendo contratos firmados pela administração municipal.
2. Quem foi preso em Hortolândia?
O vice-prefeito Cafu César (PSB) foi preso preventivamente. A diretora de Gestão de Contratos, Simone Antoniel, também é alvo de mandado de prisão.
3. A atual gestão da Prefeitura está envolvida?
A Prefeitura afirma colaborar com as autoridades e reforça que a apuração ocorre dentro de um processo investigativo, sem definição de responsabilidades até o momento.
4. Quais crimes são investigados?
Entre os crimes apurados estão corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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