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Grande produtora de Pão de Queijo, Hortolândia cria associação para o mercado que movimenta R$ 1 bilhão ao ano

Nos últimos anos, Hortolândia revelou uma nova vocação industrial: a produção de pão de queijo. O município se consolidou como um polo regional desse alimento, com um crescimento significativo discutido desde a pandemia de Covid-19, que trouxe mais concorrência ao setor. Para fortalecer a indústria local, foi criada, em agosto deste ano, a Associação dos Produtores de Pão de Queijo de Hortolândia.

De acordo com a prefeitura, Hortolândia produz cerca de 120 mil toneladas de pão de queijo por ano, movimentando um mercado de R$ 1 bilhão e gerando aproximadamente três mil empregos. A cidade conta atualmente com cerca de 100 empresas, entre grandes, médias e pequenas, dedicadas a esse setor.

Como é a fabricação do pão de queijo

A rotina das fábricas de pão de queijo começa cedo. Às 5h, os funcionários iniciam o preparo da massa, que inclui queijo da Serra da Canastra, em Minas Gerais, e fécula de mandioca. A massa pode ser vendida fresca, acondicionada em potes, ou congelada, passando por uma máquina “pingadeira” que molda as bolinhas. Essas, por sua vez, são refrigeradas antes de serem embaladas e distribuídas para supermercados e distribuidores.

O produto final, cada vez mais presente na mesa dos consumidores, é frequentemente acompanhado de café, suco ou refrigerante. Muitos gostam de adicionar requeijão ou manteiga, intensificando o sabor desse item que se tornou um clássico da culinária brasileira.

O crescimento da produção acompanha o desenvolvimento econômico de Hortolândia, cujo PIB saltou de R$ 8,7 bilhões para R$ 18 bilhões nos últimos 10 anos. “A indústria do pão de queijo é essencial para o desenvolvimento econômico de Hortolândia. A produção está cada vez mais organizada e moderna, com tendência de crescimento, especialmente com a nova associação fomentando o setor”, destacou Dimas Padua, secretário de Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia.

Exportação e selo de qualidade

A associação, que recebeu apoio da Secretaria de Desenvolvimento, tem como meta dar autonomia ao setor e viabilizar a exportação para outros países. Atualmente, a produção é majoritariamente distribuída para os estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Espírito Santo. Além disso, há planos de criar um selo de qualidade exclusivo do Polo do Pão de Queijo de Hortolândia, que atestaria a procedência e a qualidade dos produtos fabricados na cidade.

A presidente da associação também destaca a importância de explorar novos mercados, inclusive internacionais, para beneficiar todos os produtores. Mineira de Governador Valadares, Mara fundou a Cynbom em 1995 e, com 28 anos de experiência no ramo, acredita que o setor está vivendo seu auge na região, com empresas que chegam a faturar quase R$ 1 milhão por mês.

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