Lajes devem ter escoamento para água da chuva e calhas precisam ser limpas a cada seis meses
Qualquer lugar onde a água possa ficar parada por poucos dias é suficiente para que o mosquito da dengue faça, ali, seu criadouro. Mesmo os pontos que não ficam tão visíveis, como lajes e calhas, podem abrigar larvas do mosquito Aedes aegipyt. Por isso, periodicamente, é preciso inspecionar estes locais, realizando a limpeza e desobstrução das saídas de água.
“É comum, nas ações de combate à dengue que realizamos em todos os bairros, encontramos casas em construção com a laje cheia de água parada. Muita gente não se atenta a essa parte da residência, principalmente quando a obra está parada. Isso é um perigo em épocas de chuva. Uma laje com poça d’água pode ser um potencial criadouro, com mosquitos se procriando em poucos dias”, alertou o coordenador técnico do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Hortolândia, o veterinário Evandro Alves Cardoso.
A orientação é que as lajes das obras paradas tenham sistema de escoamento de água, com canos que possam drenar o acumulado durante a chuva. Também devem ser evitados sobre a laje objetos que possam acumular ainda mais água: tambores, material de construção, utensílios de pedreiro e outros itens devem ficar em local apropriado.
Já nas lajes das casas habitadas, onde ainda não há cobertura, o ideal é que o morador puxe a água com auxílio de um rodo, o que também evitará infiltrações na residência. O calor do sol também auxilia na secagem natural, caso não existam objetos, paredes ou construções vizinhas que possam fazer sombra. “Mesmo assim, é preciso que a água escoe por algum cano ou dreno. A dengue precisa de sol para que as larvas das poças se transformem em mosquito. Por isso, contar apenas com a ajuda do sol e deixar a água acumulada é ajudar o mosquito a se procriar mais rápido”, ressaltou o veterinário.
A mesma situação vale para as calhas, que precisam estar livres de material que possa dificultar a saída da água da chuva. “A recomendação é que, a cada seis meses, as calhas sejam limpas. Folhas de árvores, restos de pipas, papéis e qualquer outra coisa que caia sobre ela pode entupir a saída da água e criar uma poça”, explica Cardoso. Com auxílio de uma escada, é possível remover toda a sujeira da calha em poucas horas.
“Cuidar da casa e evitar a dengue é um trabalho que leva pouco tempo, mas que tem um impacto muito grande na comunidade. Se todos fizerem sua parte, os casos da doença vão diminuir muito”, destacou o coordenador técnico do CCZ.
A dengue é uma doença grave, que se não tratada pode causar a morte. Neste ano, a Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde – Atenção Básica e Especializada, contabiliza 1.199 casos positivos da doença.
O combate à dengue deve ser constante, por meio da eliminação de criadouros do mosquito, que gosta de ambiente com água parada para colocar seus ovos e se procriar. A ação de controle da doença é um dever de todos. A Prefeitura faz sua parte, com a realização de arrastões em todos os bairros. Durante estas inspeções, agentes vistoriam as casas em busca de objetos que possam acumular água, orientam moradores sobre como evitar a doença e removem entulhos com auxílio de máquinas e caminhões.
Os moradores também devem ser parceiros da Administração Municipal neste trabalho. O interior das residências, os quintais e as lajes devem ficar livres de água parada. Caixas d’água e calhas devem ser limpas periodicamente. Até as crianças podem ajudar, guardando os brinquedos em local adequado e “fiscalizando” as ações dos pais dentro da residência.
Fonte: Assessoria de Comunicação / Prefeitura de Hortolândia
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