O custo de viver em Hortolândia tem se tornado um desafio cada vez maior para muitas famílias. Nos últimos meses, moradores têm relatado aumentos expressivos nos valores dos aluguéis, especialmente em bairros tradicionais e regiões próximas ao centro. Para quem paga aluguel, a mudança repentina nos preços tem tornado a permanência na cidade praticamente impossível.
Uma moradora, que preferiu não se identificar, procurou o Portal Hortolândia para desabafar sobre a situação. “Uma casa de três cômodos está sendo cobrada por R$ 1.200. Casas com dois quartos estão entre R$ 2.000 e R$ 2.500. Em menos de um ano, esses valores eram muito mais acessíveis”, afirma.
Segundo ela, a justificativa mais comum ouvida nas imobiliárias e entre proprietários é que “Hortolândia está se desenvolvendo”. No entanto, a moradora questiona por que, ao mesmo tempo em que apartamentos seguem com preços altos, e as casas passaram a ser anunciadas com valores considerados abusivos. “Enquanto isso, muitos moradores estão sendo obrigados a ir morar em cidades vizinhas ou até em outros estados”, relata.
Famílias de baixa renda são as mais afetadas
A situação pesa especialmente no orçamento de famílias que dependem de salários menores. A moradora afirma que está deixando Hortolândia por não conseguir mais arcar com os custos básicos da vida na cidade.
“Como uma mãe de família que vive de aluguel vai continuar? Ganhar R$ 2.000 e pagar R$ 1.500 de aluguel? Vai comer o quê? Quando colocar água, luz, gás e Internet, então…”, desabafa.
Ela explica que, atualmente, até o acesso à internet se tornou obrigatório para quem tem filhos em idade escolar, já que muitas atividades e comunicados das escolas são feitos online. “Estou indo embora mês que vem”, lamenta.
Desenvolvimento acelerado pressiona o mercado imobiliário
Hortolândia vive uma fase de expansão, com novos empreendimentos, construção de comércios, centros logísticos e investimentos públicos em infraestrutura. O crescimento atrai empresas e novos moradores, mas ao mesmo tempo pressiona o mercado imobiliário — especialmente o de casas, que se tornaram disputadas por famílias que buscam mais espaço.
Especialistas explicam que, sem controle, esse tipo de crescimento pode resultar em especulação imobiliária, fazendo com que proprietários elevem os valores de aluguel muito acima da média regional.
Moradores pedem fiscalização e diálogo
Com a escalada de preços, moradores têm pedido mais atenção do poder público para políticas de habitação e programas que ajudem famílias de baixa renda. A insatisfação aumenta nas redes sociais, onde diversos relatos semelhantes vêm sendo publicados.
Para muitos, o custo atual de viver em Hortolândia já não condiz com a renda de grande parte da população local. A moradora que procurou o Portal resume o sentimento de quem está deixando a cidade:
“Eu gosto de Hortolândia, mas não dá mais para viver aqui. O aluguel ficou impossível.”
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