A Prefeitura de Hortolândia deu mais um passo para garantir a segurança dos pacientes internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Municipal Mario Covas. Novos dispositivos foram adquiridos para prevenir infecções hospitalares, e a equipe de enfermagem passou por um treinamento nos dias 16 e 17 de junho para utilizá-los corretamente.
A capacitação foi organizada pela Secretaria de Saúde em parceria com a OS (Organização Social) Beneficência Hospitalar Cesário Lange (BHCL), responsável pela gestão dos serviços de saúde no município.
A iniciativa faz parte do projeto “Saúde em Nossas Mãos – Atitudes que Salvam Vidas”, desenvolvido pelo governo federal em conjunto com o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, e outras instituições de referência nacional. O projeto oferece capacitações presenciais e online para equipes de UTIs, e o Hospital Municipal de Hortolândia foi um dos selecionados pelo Ministério da Saúde para participar.
A adesão ao projeto começou em dezembro do ano passado e se estenderá até o final de 2026. Em março deste ano, uma equipe multidisciplinar do Sírio-Libanês realizou uma visita técnica ao hospital. O objetivo é reduzir em até 50% as IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde), que podem ocorrer durante procedimentos ou internações, agravando o quadro clínico dos pacientes e até levando a óbito. Segundo o Ministério da Saúde, as IRAS estão entre as principais causas de mortalidade em UTIs no Brasil, com taxas que variam de 23% a 27%.
Foco na prevenção de infecções sanguíneas
Uma das IRAS mais preocupantes é a Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorial (IPCSL), que pode afetar pacientes com dispositivos venosos, como cateteres. Para combatê-la, o treinamento abordou práticas seguras, incluindo o uso correto do conector valvulado de sistema fechado (que evita contaminações) e do swab alcoólico (compressa com álcool 70% para higienização do conector).
Patricia Rodrigues, coordenadora de assistência da UTI, explica que a IPCSL pode evoluir para sepse, uma condição grave com risco de morte. “Os sintomas incluem febre, calafrios, taquicardia, hipotensão e sinais de infecção no local do cateter, como dor, vermelhidão ou secreção”, alerta.
Os novos dispositivos já estão disponíveis no hospital e serão implementados após a capacitação da equipe. Maria Solange Santos, enfermeira do setor de Educação Permanente, destaca que essas medidas aumentam a segurança dos pacientes, reduzem infecções e diminuem o tempo de internação. “Essas ações reforçam a qualidade do atendimento prestado à população de Hortolândia”, afirma.
Com essas iniciativas, o município avança na melhoria da assistência hospitalar, alinhando-se a padrões nacionais de excelência em saúde.
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