O Samu tem puxado a orelha dos pais pra ver se breca a criançada de férias em Limeira. O número de trotes diários cresceu 15% nesse período de folga nas escolas. Segundo a coordenadora do serviço, Gisele Correa Barbosa, são 70 chamadas por dia — 20 falsas.
Mas neste mês, as brincadeiras de mau gosto saltaram pra 30 ligações. Primeiro, o atendente passa pito na criança quando percebe a farsa. “Ele explica que o Samu é um serviço de emergência e que elas estão impedindo um socorro real. Mas mesmo assim algumas voltam a ligar”, disse Gisele. Nesses casos, o funcionário retorna a ligação e avisa aos pais da molecagem.
“Tentamos conscientizar os pais de que têm de orientar os filhos sobre a importância do trabalho do Samu”, afirmou Gisele. Apesar dos trotes serem descobertos antes da ambulância sair da central, o falso chamado ocupa uma linha e atravanca o atendimento. “O socorro começa no telefone e o trote pode comprometer a vida de alguém.”
Marmanjões aprontam mais em Campinas
Em Campinas, o Samu recebe cerca de 600 ligações por dia e 200 delas são trotes. O serviço de retornar as chamadas também é feito, mas a maioria dos trotes feitos por crianças rola de orelhões. O problema na cidade é que muitas das sacanagens são armadas por marmanjões. O coordenador do Samu, José Roberto Hansen, disse que embora sejam muitos chamados falsos, a maioria deles é checado e a ambulância não chega a sair. “O maior prejuízo é que as linhas ficam ocupadas, atrapalhando quem realmente precisa.”
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