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Hortolândia oferece teste rápido de Dengue, Chikungunya e Zika

 

A Prefeitura de Hortolândia realiza, nesta semana, a distribuição de 12 mil testes rápidos para detecção de Dengue, Chikungunya e Zika entre as unidades de saúde do município, incluindo USFs (Unidades de Saúde da Família), UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e o Hospital Municipal Mário Covas. Os testes foram enviados pelo Ministério da Saúde e sua utilização acontecerá conforme solicitação médica. Pacientes com sintomas suspeitos há mais de seis dias que procurarem as unidades de saúde serão indicados para o exame. Com uma gota de sangue é possível saber, em 20 minutos, se a pessoa tem uma destas doenças, o que agiliza o tratamento e recuperação do paciente, além de nortear a necessidade de investigar outras patologias, caso o teste rápido dê resultado negativo.

Até então, pacientes com suspeita de Dengue, Chikungunya e Zika tinham a doença confirmada ou descartada por meio de exame de sangue convencional, o que demorava, pelo menos, oito dias para ficar pronto. Mesmo com a realização do teste rápido, o exame de sangue continuará a ser realizado.

De acordo com o diretor de Saúde Coletiva de Hortolândia, Antônio Roberto Stivalli, o lote com 12 mil testes traz exames individuais para dada doença. “No caso de um paciente com sintomas suspeitos, fazemos coleta de sangue para envio ao Instituto Adolfo Lutz, laboratório que analisa estas amostras e dá o resultado em oito dias. Mas, aproveitando o sangue coletado, faremos na própria unidade de saúde, inicialmente, o teste rápido de Dengue. Se der negativo, faremos em seguida o de Chikungunya. Já o de Zika só será feito no Hospital, uma vez para este teste rápido é utilizado soro do sangue. Estes testes rápidos são importantes para um diagnóstico imediato, o que agiliza o tratamento e a recuperação do pacientes, antes mesmo do exame convencional ficar pronto”, explica Stivalli.

O diretor de Saúde Coletiva explica que o teste rápido também agiliza investigação de outras doenças, uma vez que os resultados sendo negativos para Dengue, Chikungunya e Zika, outras patologias começam a ser suspeitadas. “Temos sintomas muito genéricos para diversas doenças. Descartando estas três, podemos focar em outras hipóteses”, justifica o profissional.

Dengue, Chikungunya e Zika são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e, por isso, consideradas arboviroses (transmitidas por picada de mosquitos). Para conscientizar a população sobre a importância de manter casas, quintais e terrenos livres de criadouros do Aedes aegypti, a Prefeitura lançou, em 2017, a Agenda Verde, ação que envolve diversas atividades, como a Operação Cata Bagulho e o plantio de árvores em terrenos antes ocupados por lixo, tudo com o objetivo de deixar a cidade mais limpa. Além de colaborar com a manutenção urbana, a Agenda Verde busca despertar na população o sentimento de parceria, uma vez que todos são responsáveis pela limpeza da cidade. A Prefeitura acredita que, mobilizando a população, será mais fácil resolver, em conjunto, questões ambientais que se tornam problemas de saúde pública, como estas doenças.

Notificações

Neste ano, Hortolândia registra 97 notificações por suspeita de Dengue. Dois casos foram confirmados, 28 descartados e 67 aguardam resultados de exames. Há, também, cinco notificações suspeitas de Chikungunya, todas no aguardo de exames que confirmem ou descartem a doença. O município também notificou um caso suspeito de Zika, mas a doença foi descartada.

Conheça os sintomas

A Dengue foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1986. Os sintomas são febre alta, de início abrupto, que geralmente até sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas, que podem causar a morte.

A Febre Chikungunya teve circulação do vírus identificada pela primeira vez no Brasil em 2014. O termo Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, onde ocorreu a primeira epidemia documentada, entre 1952 e 1953. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. Não é possível ter Chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.

Já o Zika é um vírus que foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus não desenvolvem sintomas, mas, quando eles existem, são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente em até sete dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o Zika e casos de microcefalia, malformação congênita em que o cérebro do bebê não se desenvolve de maneira adequada.

A Secretaria de Saúde orienta a população a procurar a unidade de saúde mais próxima logo no início dos sintomas. O tratamento vai depender da doença e do estado de saúde da pessoa.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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