A abandonada via entre São Bento e São Sebastião, em Hortolândia (SP), tem causado indignação entre os moradores locais. O trecho, que passa por uma área de restauração ambiental, está tomado por lixo, poeira, entulho e insegurança, sem infraestrutura mínima como asfalto ou iluminação pública — mesmo sendo rota de ônibus.
A situação foi formalmente denunciada à Prefeitura Municipal, à Secretaria de Meio Ambiente e ao Ministério Público de São Paulo, mas até o momento, nenhuma medida concreta foi anunciada.
Condições da via expõem moradores a riscos ambientais e à dengue
De acordo com relatos de moradores, a abandonada via entre São Bento e São Sebastião está em péssimas condições. Em dias secos, a poeira levantada por veículos — inclusive ônibus do transporte coletivo — compromete a visibilidade e a saúde respiratória dos que utilizam a estrada. Já em períodos chuvosos, o barro impede a circulação de carros e pedestres, tornando o trajeto intransitável.
Além disso, o local se transformou em ponto de descarte irregular de lixo doméstico, entulho de construção, animais mortos e até objetos cortantes. Os moradores alertam que já foram identificados diversos focos de dengue na região, o que agrava ainda mais a situação em meio à epidemia que afeta Hortolândia.
Iluminação pública inexistente e insegurança durante a noite
Outro problema enfrentado por quem transita pela abandonada via entre São Bento e São Sebastião é a total ausência de iluminação pública. A escuridão deixa o caminho inseguro, especialmente durante a noite. Muitos moradores têm recorrido ao uso de lanternas de celulares para caminhar, correndo risco de quedas ou assaltos.
“Os ônibus passam levantando poeira, à noite está tudo escuro, já vi moradores andando no barro com lanterna de celular. É desumano”, relatou uma moradora da região.
Área de restauração ambiental sem fiscalização ou manutenção
A estrada atravessa uma região sinalizada como área de restauração ambiental. No entanto, segundo os moradores, o local não recebe qualquer tipo de cuidado, limpeza ou fiscalização. Mesmo com a classificação ambiental, a prefeitura alega que não pode intervir diretamente por se tratar de área protegida — posição que tem sido contestada pela população local.
“Como pode ser área ambiental se está cheia de lixo e sem nenhum cuidado?”, questiona uma das moradoras que participa da mobilização.
Moradores exigem providências imediatas
Cansados do descaso, os moradores listam as seguintes demandas:
- Asfaltamento imediato da via ou criação de desvio sinalizado e transitável;
- Instalação de iluminação pública em todo o trajeto;
- Limpeza geral da área e ações efetivas de combate aos focos de dengue;
- Divulgação de plano oficial de restauração ambiental e ações de fiscalização contra crimes ambientais.
A denúncia foi encaminhada às autoridades competentes, incluindo o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), mas ainda não houve retorno com prazos ou medidas concretas. Os moradores seguem mobilizados.
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