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Nicolás Maduro é reeleito presidente da Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela para um novo mandato de seis anos. Ele governa o país há 11 anos, desde a morte de Hugo Chávez, em 2013.

Com 80% das urnas apuradas, Maduro obteve 5,150 milhões de votos (51,2%), enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, alcançou 4,445 milhões (44,2%), segundo o CNE. O resultado foi considerado irreversível pela vantagem de cerca de 700 mil votos, e o anúncio foi feito às 1h desta segunda-feira (29), horário de Brasília.

Dos 21 milhões de venezuelanos aptos a votar, 59% compareceram às urnas neste domingo (28). O voto é facultativo na Venezuela, e a oposição destacou uma votação massiva. Durante o anúncio, o CNE informou que sofreu um ataque ao seu sistema de transmissão de dados, classificado como “terrorista”, sem fornecer detalhes adicionais.

Problemas na apuração. A oposição relatou interrupções na transmissão de dados eleitorais para o CNE em algumas zonas eleitorais, sem especificar o número exato. Após o encerramento da votação, Urrutia e María Corina Machado, líder da oposição, pediram que eleitores e representantes de partidos permanecessem nos locais de votação para fiscalizar o processo eleitoral.

Maduro governa a Venezuela desde 2013 e, se cumprir o novo mandato, terá permanecido 17 anos no poder. As eleições foram marcadas por atrasos e intimidações em algumas cidades, como em Táchira, na fronteira com a Colômbia, onde grupos de homens encapuzados dispararam para o alto em meio às filas de eleitores. Em Antonio Rómulo Costa, homens não identificados espalharam panfletos com mensagens intimidatórias perto dos centros de votação.

Conflitos e detenções. Houve confrontos entre voluntários pró e contra o governo de Maduro em Caracas, e um homem foi preso por tirar foto de uma urna, segundo Domingo Hernandéz Lárez, comandante estratégico operacional da Força Armada Nacional Bolivariana. Observadores internacionais foram barrados às vésperas do pleito, e o governo proibiu a entrada de ex-presidentes e uma comissão de deputados e senadores da Europa.

Chavismo no poder. O chavismo completa 25 anos no poder, sendo os últimos 11 liderados por Maduro. Sua reeleição em 2018 foi considerada fraudulenta pela oposição, União Europeia e Estados Unidos, que impuseram sanções contra ele. Maduro alertou para a possibilidade de “banho de sangue” e “guerra civil” caso não vencesse as eleições, e sua declaração foi criticada pelo presidente Lula (PT).

Denúncia contra Maduro. María Corina Machado denunciou sabotagem em seus veículos durante a campanha, alegando que um dos carros teve os freios cortados. Segundo a ONG Foro Penal Venezolano, mais de cem prisões relacionadas à campanha da oposição já foram realizadas.

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