Perceba porque é que Neymar ainda não é considerado ídolo do futebol brasileiro

Neymar pode ser considerado o melhor jogador brasileiro da atualidade, e provavelmente poucas pessoas irão discordar disso. O garoto revelado pelo Santos, desde cedo chamou muita atenção, principalmente a de gigantes do futebol, como Real Madrid e Barcelona. O futebolista sempre teve belas atuações por onde passou, conquistando títulos importantes, seja no Santos, Barcelona ou Paris Saint-Germain, onde joga nos dias de hoje. E na Seleção Brasileira, vem batendo recordes partida após partida.

No último jogo do Brasil, válido pelas eliminatórias para a próxima edição da Copa do Mundo, o craque fez um hat-trick (três gols no mesmo jogo) contra o Peru, alcançando a incrível marca de 64 pela seleção canarinha. Assim sendo, o atacante passou na frente de outros famosos artilheiros do nosso país, como Ronaldo Fenômeno, que anotou 62 tentos pela seleção. E não só: agora Neymar está a apenas 13 gols do ídolo máximo do futebol, o Rei Pelé.

Neymar ainda tem uma vantagem ao seu lado, alcançou a marca com apenas 28 anos de idade, e o jogador ainda não dá sinais de grande desgaste físico ou técnico, então suas possibilidades de acabar ultrapassando o Rei do futebol na artilharia da Seleção Brasileira, e em breve, são altas. Contudo, mesmo com números impressionantes e talento acima da média, Neymar não é considerado um ídolo do futebol nacional para muitos, posto que Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Pelé, e alguns outros ocupam. O talento do “menino” Ney é notável – e mesmo muitas pessoas o criticando por conta do seu jeito brincalhão e despojado, ele é o melhor futebolista brasileiro já há alguns anos. Porém, alguns empecilhos o impedem de se tornar um ídolo incontestável do Brasil.

Motivos por trás de tudo

O primeiro motivo pelo qual a estrela pode não ser tão adorada pelo público é porque, mesmo marcando muitos gols, Neymar desperdiça muitas chances cara-a-cara com os goleiros em partidas decisivas. Esse foi o caso na final da última edição da Liga dos Campeões, onde o craque brasileiro acabou titubeando frente ao gigante Manuel Neuer, perdendo chances claras de gols. Muitos deram pitacos nas plataformas de apostas online grátis de que ele balançaria as redes durante a partida, fato que acabou não acontecendo – nesse caso, quem preferiu o Bayern de Munique terminou se saindo melhor. Se compararmos o craque do PSG com Ronaldo, fica evidente a diferença, já que o Fenômeno era um matador nato, e raramente desperdiçava uma chance frente ao gol, mesmo nos últimos anos da sua carreira.

Outro fator é que muitas pessoas, não só no Brasil, consideram Neymar um “Cai, cai”, se jogando ao chão com o menor contato físico. Mas é evidente que o jogador sofre uma média de faltas muito maior que a infligida em outros futebolistas, por conta principalmente do seu estilo de jogo, que consiste em partir para cima do adversário, e carregar a bola por grandes distâncias em alta velocidade, sendo a única alternativa dos defensores, pará-lo com uma falta. Porém, em alguns lances, o brasileiro acaba desistindo da jogada e prefere “cavar” a falta.

Já o terceiro fator fica por conta da falta de conquista de títulos importantes na Seleção Brasileira. Sabemos que ele foi peça fundamental na conquista do inédito ouro Olímpico do futebol masculino em 2016, e a taça da Copa das Confederações de 2013. Mas nós brasileiros somos exigentes com nossas estrelas, e como o Brasil não apresentou um bom desempenho nas últimas edições de Copa do Mundo e Copa América, direcionamos ao craque a falta de protagonismo nessas competições.

Já Pelé e Ronaldo contam com uma vasta lista de títulos nessas competições, sendo que o Rei participou da conquista de três edições de Copas do Mundo – já Ronaldo, de duas, fora outros torneios de grande relevância, em que ambos foram protagonistas. 2022 se aproxima, e Neymar terá mais chance de levar a Seleção Brasileira ao tão sonhado e aguardado hexacampeonato mundial. Quem sabe com essa conquista, o jovem revelado na Vila Belmiro consiga finalmente se firmar entre os maiores ídolos do futebol brasileiro.