Luvas, protetor bucal, capacete e coletes de proteção são alguns dos equipamentos que os idosos de Hortolândia usarão no 1º Campeonato de Boxe da Melhor Idade da RMC (Região Metropolitana de Campinas), que acontece às 14h de terça-feira (30/04). O evento, organizado pelo Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI) do Jd. Amanda, será realizado no Teatro Elizabeth Keller de Matos. A competição é uma iniciativa do órgão vinculado à Secretaria de Governo e busca proporcionar uma nova experiência esportiva aos participantes.
A ideia do campeonato surgiu em uma reunião em janeiro, segundo a coordenadora do CCMI, Josiane Crepaldi. “Queríamos incluir atividades variadas em nosso planejamento anual e, durante discussões com os professores, decidimos organizar este torneio para os idosos que frequentam as aulas de boxe”, explica Crepaldi. O torneio contará com 20 competidores, divididos em 10 lutas, com duplas masculinas e femininas. Cada luta terá dois rounds de um minuto, separados por um minuto de descanso.
As regras do torneio são claras: só são permitidos socos acima da linha da cintura e nas laterais, com luvas fechadas de 14 oz. Golpes nos braços, nuca, ou qualquer forma de agarrar, chutar, dar cabeçada ou empurrar são estritamente proibidos. O regulamento enfatiza que o campeonato tem um caráter exibitivo, demonstrando as habilidades desenvolvidas nas aulas, sem previsão de nocautes.
Antes das lutas, cada participante entrará no ringue ao som de uma música escolhida por eles, adicionando um toque pessoal ao evento. O professor de boxe do CCMI e ex-lutador de MMA, Alexandre Amaro, destaca o esforço e a dedicação dos idosos. “Estamos realizando treinos extras para que eles se acostumem ao espaço do ringue. A comunidade tem mostrado grande interesse, parando para assistir aos treinos. Estamos muito animados com este primeiro campeonato na região”, conta Amaro.
Uma das participantes é Maria Luiza Nardes, 73 anos, ex-campeã de karatê, que vê no boxe uma nova forma de expressão marcial. “O karatê é uma luta de mais distância, enquanto o boxe requer contato mais próximo. Estou ansiosa para experimentar essa modalidade diferente”, diz Nardes.
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