As Forças de Defesa de Israel confirmaram hoje que 199 pessoas continuam sendo mantidas como reféns pelo movimento Hamas, após o ataque ocorrido em 7 de outubro. A notícia foi comunicada em coletiva de imprensa por um porta-voz militar.
“A informação foi repassada às famílias das 199 vítimas”, declarou o porta-voz militar, destacando que a questão dos reféns é considerada uma prioridade nacional. Ele acrescentou que o “Exército de Israel está empenhado em esforços incessantes para garantir a libertação de todos eles.” De acordo com as autoridades israelenses, mais de 1.400 pessoas perderam a vida no ataque do Hamas, enquanto mais de 2.750 morreram nos ataques de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, um território sob o controle do movimento islâmico palestino e cercado por Israel.
Entre as vítimas mantidas como reféns, destaca-se um jornalista israelense de 83 anos, que foi sequestrado em sua residência no kibbutz de Nir Oz, juntamente com outro colega de 85 anos. Ambos jornalistas colaboraram por décadas com o jornal de esquerda Al Hamishmar, atuando em prol da paz e do reconhecimento do povo palestino, conforme informado pelo jornal britânico The Guardian.
O jornalista de 83 anos teve um papel significativo na defesa dos beduínos residentes na bacia de Rafah, que foram expulsos durante a ocupação do Sinai em 1972. Além disso, ele esteve entre os primeiros repórteres a chegar a Sabra e Shatila, no Líbano, onde relatou o trágico massacre ocorrido nos campos de refugiados palestinos em setembro de 1982. Nos últimos anos, dedicou-se como voluntário a um grupo que transporta doentes palestinos para receber tratamentos em hospitais israelenses.
Outros reféns foram aparentemente sequestrados de suas residências em comunidades fronteiriças israelenses que foram alvo de invasão por militantes do Hamas, ou possivelmente foram raptados em áreas próximas à fronteira.
A lista de prisioneiros inclui soldados israelenses, mulheres, crianças, idosos, trabalhadores estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade de pelo menos 15 países, incluindo 13 franceses, oito alemães, cinco norte-americanos, dois mexicanos e diversos israelenses.
Desde os ataques, familiares dos desaparecidos têm feito apelos desesperados em busca de informações sobre o paradeiro de seus entes queridos.
Durante sua recente visita a Israel, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou profunda preocupação em relação aos reféns que são cidadãos da União Europeia ou que possuem dupla nacionalidade, bem como com os cerca de mil cidadãos da UE detidos em Gaza, muitos dos quais trabalham em organizações não governamentais e órgãos de governo.
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