O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou à Justiça Eleitoral a cassação do prefeito reeleito de Hortolândia, Zezé Gomes (Republicanos), e do vice-prefeito eleito, Cafu César (PSB). Há suspeita de abuso de poder político durante as eleições de 2024.
A solicitação foi protocolada ontem (16), mas a defesa dos candidatos nega qualquer prática irregular. A ação está sendo analisada pela 361ª Zona Eleitoral de Hortolândia, mas ainda não há previsão para a decisão final.
Mais detalhes sobre a possibilidade de cassação do prefeito e vice de Hortolândia
Tudo se deu após a promotora de Justiça, Renata Brandão Lazzarini, apresentar um parecer revelando que Cafu César teria pressionado uma candidata a vereadora a desistir de sua candidatura e apoiar o candidato aliado dele, Léo da LM (PSB) – este último também está mencionado no processo.
A acusação se baseia em áudios e registros de conversas, que, segundo a defesa, não têm autenticidade confirmada. Eles alegam que as provas não podem ser consideradas válidas, pois foram obtidas de forma anônima e não é possível verificar sua veracidade.
Apesar de Zezé Gomes não estar diretamente investigado no caso, conforme manda a legislação eleitoral, a chapa majoritária é indivisível e qualquer decisão relacionada ao vice-prefeito eleito também afeta o prefeito. Por essa razão, a cassação de Cafu César, caso seja comprovado o abuso de poder, pode resultar na perda do mandato de Zezé Gomes também.
Resposta de Zezé Gomes e Cafu César às acusações
Em resposta, o advogado de defesa da chapa afirmou que: “É de extrema importância apontar, que a inicial vem desacompanhada de qualquer prova dos fatos alegados. Não há, portanto, nos autos, um documento, uma gravação, uma perícia, um vídeo, um único elemento de prova, a não ser somente hipotética “imagem”, que não é dotada de fé pública, não sendo forte o suficiente a fim de atestar a sua veracidade“.
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