Após 13 dias, a greve dos servidores dos Correios na região de Campinas (SP) chegou ao fim nesta segunda-feira (28). Os funcionários, que iniciaram o movimento no dia 16 de setembro para reivindicar alta nos salários e melhores condições de trabalho, decidiram em assembleia aceitar a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na semana passada.
De acordo com o diretor do sindicato dos funcionários dos Correios na região de Campinas (SintectCas), Hernandes Nascimento, apesar de não contemplar todas as reivindicações, a categoria decidiu aceitar a proposta por entender que as duas principais demandas, que eram a manutenção do plano de saúde e das gratificações, foram atendidas.
“A empresa queria mexer na cláusula que garantia isso e da maneira que ficou ela não pode mexer. A gratificação agora tem data para ser incorporada. Uma coisa que não tinha antes é que vamos ter que fazer compensação dos dias parados”, explica.
Proposta
O TST ofereceu aos trabalhadores um reajuste linear dos salários em R$ 150 a partir de agosto de 2015 e em R$ 50 a partir de janeiro de 2016, como gratificação incorporável ao rendimento nos seguintes percentuais: 50% em janeiro de 2016; 25% em agosto de 2016 e 25% em janeiro de 2017.
A proposta prevê também que o plano de saúde dos trabalhadores não poderá sofrer qualquer alteração que não seja de comum acordo com os servidores e um reajuste de 9,56% nos benefícios: vale-alimentação/refeição; vale-cesta; auxílio para filhos com deficiência e reembolso creche/babá; e redução do compartilhamento do vale-alimentação.
Os trabalhores queriam um reajuste de 12% nos vencimentos para a reposição da inflação (em 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 9,56%), aumento real de R$ 300, vale-alimentação de R$ 40, vale cesta de R$ 400 e contratação de mais funcionários, uma vez que há déficit nos quadros de algumas regiões do país.
O movimento atingiu 83 cidades da região. Segundo o sindicato, a adesão dos servidores foi de 60% e os serviços mais prejudicados pela paralisação foram as entregas de cartas simples e registradas. Para os Correios, na cidade Campinas, 88% do total de empregados esteve presente nesta segunda-feira e trabalhou.
Serviços prejudicados
De acordo com a assessoria dos Correios, nas localidades onde a paralisação ocorreu, como na região de Campinas, a empresa está aplicando o “Plano de Continuidade de Negócios”, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, apoio de pessoal administrativo e realização de horas extras para que os clientes não sejam prejudicados.
A empresa disse também, que caso haja necessidade, estuda promover mutirões para entrega nos fins de semana para que o serviço seja normalizado o mais rápido possível.
Os Correios informaram também que as agências estão abertas e os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis, com exceção dos com hora marcada interestaduais.
Fonte G1
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