Os números do SCPC junho de 2018 demonstram que as vendas do comércio de Campinas ficaram (-4,40%) abaixo das vendas de maio de 2018, bem como ficaram (-2,77%) abaixo das vendas de junho de 2017.
Apesar das vendas do “Dia dos Namorados” apresentarem uma movimentação de 1,80% superior ao “Dia dos Namorados” de 2017, o fechamento total do mês de junho sofreu um impacto da crise de combustíveis provocando, também, uma queda de (-2,77%) nas vendas de Junho.
O efeito dessa crise que afetou negativamente os meses de maio e junho de 2018, desarticulou toda a atividade econômica do País, não só no varejo, bem como na produção industrial e nos serviços. Isso alterou todos os Indicadores da economia, que começavam a mostrar alguma recuperação; agora todos os Índices de Confiança, dos consumidores, dos empresários e da Indústria, ficaram negativos, protelando a recuperação da economia.
As vendas a prazo foram as que mais se retraíram em junho (-6,48%), com uma minúscula recuperação nas vendas à vista (+0,77%).
Destacam-se, ainda, a participação do e-commerce, que ficou em torno dos 5,00% sobre as vendas físicas, um percentual abaixo do normal, correspondendo a 14.629 consultas.
Finalmente, as vendas de junho de 2018 movimentaram em Campinas cerca de R$ 1.112,1 bi, um impacto de (-0,86%) em relação aos R$ 1.121,7 bi de junho de 2017.
Na RMC, as vendas atingiram R$ 2.647,9 bi em junho de 2018, uma redução de (-0,85%) em relação aos R$ 2.670,7 de Junho de 2017.
A inadimplência apresentou em junho de 2018, em Campinas, uma elevação de 115,08% em relação a maio de 2018 e 2,91% em relação a Junho de 2017.
No período janeiro a junho de 2018, a elevação foi de 1,78%, com 126.345 carnês / boletos vencidos e não pagos há mais de 30 dias, representando cerca de R$ 91,0 milhões.
Na RMC, a inadimplência também apresentou uma elevação de 1,78%, com 300.821 carnês / boletos vencidos e não pagos, que representa cerca de R$ 216,6 milhões, no endividamento dos consumidores da RMC.
Na avaliação do varejo, no 1º semestre de 2018, contra o mesmo período de 2017, o volume de vendas, em Campinas, cresceu 0,04%, e na RMC, elevou-se em 0,26%; pequenas expansões que refletem o impacto negativo da greve dos combustíveis na economia da Região.
Diante desses números, a possível expansão que a economia apresentava anterior à crise de maio / junho, começa a se reverter com os principais indicadores econômicos que se colocam em sinais negativos nos Indicadores de Confiança, Inflação, taxas de Juros e Câmbio, que atingiram valores muito elevados.
O comércio varejista deverá se preparar para novos tempos difíceis da economia, bem como, na área política, com as eleições deste ano.
Laerte Martins
Economista / Diretor – ACIC
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