O anúncio de que Trump taxa Brasil em 50% em produtos exportados causou reação imediata do governo Lula. A medida, comunicada por meio de carta oficial do ex-presidente norte-americano, será aplicada a partir de 1º de agosto e pode afetar setores estratégicos como aço, alumínio e agronegócio.
Medida tarifária impacta economia brasileira
Segundo o documento divulgado por Donald Trump nesta quarta-feira (9), todos os produtos brasileiros enviados aos Estados Unidos terão um acréscimo de 50% em tarifas. A justificativa apresentada envolve críticas ao processo judicial contra Jair Bolsonaro e alegações não comprovadas de ataques à liberdade de expressão por parte do Brasil.
Produtos como aço e alumínio, que já enfrentavam barreiras tarifárias, devem sofrer impacto ainda maior. Isso preocupa a indústria nacional, especialmente o setor de siderurgia e exportadores do agronegócio.
Governo Lula promete resposta com base na reciprocidade
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que “o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém” e que qualquer medida será tomada com base na Lei da Reciprocidade Econômica. O governo também devolveu oficialmente a carta enviada por Trump à embaixada norte-americana, classificando o conteúdo como carregado de “informações inverídicas” sobre a balança comercial entre os países.
O Planalto reforçou que os processos judiciais relacionados ao 8 de janeiro de 2023 são de competência exclusiva do Judiciário brasileiro.
Déficit comercial contradiz justificativas de Trump
Trump argumenta que os EUA têm uma relação comercial “injusta” com o Brasil. No entanto, dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que o Brasil apresenta déficits comerciais com os Estados Unidos há 16 anos consecutivos.
De 2009 a junho de 2025, as importações brasileiras superaram as exportações em mais de US$ 90 bilhões, o que contradiz a alegação de vantagem comercial brasileira. Analistas apontam que a decisão tem fundo geopolítico, com foco em reforçar a imagem política de Trump diante de sua base eleitoral.
Bolsonaro e Eduardo pressionados a intervir
Lideranças da oposição, ligadas à família Bolsonaro, sugerem que o ex-presidente e seu filho, deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, façam um apelo público a Trump. A estratégia seria agradecer o apoio político, mas solicitar que os produtos brasileiros não sejam prejudicados.
A ideia seria reforçar uma postura de “patriotismo econômico” e buscar crédito político com o setor empresarial, especialmente agroexportadores e industriais.
Setores mais impactados pelas tarifas
A nova política tarifária deve impactar fortemente os seguintes setores:
- Siderurgia: aço e alumínio já sofrem com tarifas elevadas.
- Agroindústria: carnes, suco de laranja, café e soja podem perder competitividade.
- Manufatura: peças automotivas e produtos químicos enfrentarão aumento de custos logísticos.
- Exportações tecnológicas: produtos eletrônicos e semicondutores terão desvantagem tarifária.
❓ FAQ
Por que Trump impôs tarifa de 50% sobre o Brasil?
Trump afirma que a medida é resposta a ataques contra eleições livres e ao processo judicial contra Jair Bolsonaro, além de alegar desequilíbrio na balança comercial, o que é contestado por dados oficiais.
Quando as tarifas de 50% entram em vigor?
A nova tarifa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto de 2025.
O Brasil pode retaliar essa medida?
Sim. O governo Lula já declarou que utilizará a Lei da Reciprocidade Econômica para responder ao aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos.
Confira Nota do governo na íntegra
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