Brasil

Pronto Atendimento de Foz é interditado por suspeita de ebola

Paciente relatou que esteve em Serra Leoa, informou secretário de Saúde.

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A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, está interditada desde as 9h desta quinta-feira (16) por causa de um paciente com suspeita de ebola, informou o secretário Municipal de Saúde, Charles Bortoli. O paciente, diz, relatou que esteve em Serra Leoa – segundo país com o maior número de infectados pela doença na atual epidemia – há 23 dias. Usuários e profissionais de saúde estão isolados da unidade conforme os protocolos internacionais de prevenção da doença. Ruas de acesso à UPA João Samek também foram interditadas pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar.

Ainda segundo o secretário, além de ebola, suspeita-se que o paciente possa estar com malária. “A primeira decisão foi isolá-lo, fechar a UPA e informar a Secretaria de Estado da Saúde, que deve indicar os próximos passos”, explicou ao adiantar que está sendo apurado o perfil. “Ainda não é possível afirmar quantas pessoas estão na unidade”, completou. O homem deve ser levado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Rio de Janeiro.

No dia 9, outra suspeita de ebola – a primeira no Brasil – também interditou a Unidade de Pronto Atendimento II (UPA II)  de Cascavel, a 150 km de Foz do Iguaçu. Souleymane Bah, de 47 anos, havia saído da Guiné – outro país com epidemia da doença – no dia 18 de setembro e chegou ao Brasil no dia 19, depois de uma escala em Marrocos. Depois de pedir refúgio na delegacia da Polícia Federal (PF) em Dionísio Cerqueira (SC), seguiu para Cascavel, onde apresentou febre e procurou o pronto atendimento.

No dia seguinte, foi levado ao Rio de Janeiro em um avião da FAB e encaminhado ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, ligado à Fiocruz, referência em doenças infecciosas. Os dois exames de sangue feitos deram negativo para ebola e ele deixou o instituto na manhã de quarta-feira (15). O local para onde Bah foi encaminhado será mantido em sigilo. O objetivo é preservar sua privacidade – a pedido do próprio paciente, que demonstrou preocupação com declarações preconceituosas expostas nas redes sociais.

Fonte: g1.com.br

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