Trinta dias após os primeiros alertas sobre intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas, autoridades sanitárias e policiais fecharam parte do ciclo de investigações, identificando que a contaminação ocorreu devido à falsificação de bebidas que utilizou álcool combustível adulterado. O balanço atualizado registra 58 casos confirmados e 15 mortes, sendo nove em São Paulo, três em Pernambuco e três no Paraná, com outros nove óbitos ainda sob investigação.
A resposta aos casos ganhou agilidade com a atuação integrada de Centros de Informação Toxicológica (Ciatox), vigilâncias sanitárias e polícias. Em 7 de outubro, o governo federal instituiu um comitê de crise e ampliou o fornecimento de antídotos para hospitais-polo. No dia seguinte, o Instituto de Criminalística de São Paulo confirmou que o metanol havia sido adicionado intencionalmente, com concentrações anormais nas bebidas analisadas.
A virada nas investigações ocorreu em 17 de outubro, quando a Polícia Civil de São Paulo localizou dois postos de combustível que comercializavam o produto adulterado, dias após encontrar a distribuidora onde as bebidas falsas eram envasadas. Enquanto isso, universidades desenvolveram soluções tecnológicas como o “nariz eletrônico” da UFPE, capaz de identificar a presença de metanol com uma única gota da bebida.
O impacto no setor de bares e restaurantes chegou a 5% de queda no consumo em setembro, segundo a Abrasel. No legislativo, uma CPI foi instalada em São Paulo e a Câmara dos Deputados pode votar nesta semana projeto que tipifica como crime hediondo a adulteração de alimentos e bebidas. As investigações continuam para identificar todas as rotas de distribuição das bebidas contaminadas.
Fonte: Agência Brasil
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