A Receita Federal garantiu que o reforço na fiscalização do Pix não afetará a renda de trabalhadores autônomos.
Em esclarecimentos nas redes sociais, o órgão abordou dúvidas sobre o monitoramento em situações como compra de materiais por autônomos e o uso compartilhado de cartões de crédito em família.
Trabalhadores autônomos e fiscalização do pix
A Receita explicou que entende que a movimentação financeira dos autônomos frequentemente supera o lucro final ou a renda efetiva. O monitoramento reforçado, iniciado com as novas regras, não altera essa prática, pois o órgão já analisa, desde 2003, a diferença entre custos e faturamento.
“Quem realiza pequenos serviços e tem custos de produção não precisa se preocupar. Mesmo que a movimentação supere R$ 5 mil, a Receita já monitora essa diferença há anos, especialmente para quem vende produtos ou presta serviços pagos via Pix”, esclareceu o órgão.
Exemplos: pedreiros e eletricistas
O órgão também destacou que profissionais como pedreiros e eletricistas, que utilizam o Pix para receber pagamentos e comprar materiais, não serão prejudicados.
Por exemplo, no caso de um pedreiro que cobra R$ 1.000 pela mão de obra e recebe R$ 4.000 para comprar materiais como pisos, a Receita sabe, por meio de cruzamento de dados, que o montante maior foi utilizado em compras e não reflete a renda tributável do trabalhador.
“Essas movimentações são comuns, e a Receita já cruza as informações com notas fiscais de lojas de materiais. A renda tributável será considerada apenas sobre os R$ 1.000 pelo serviço prestado”, detalhou.
Cartões de crédito compartilhados
No caso de cartões de crédito compartilhados entre familiares, a Receita esclareceu que a prática de monitoramento não mudou e é realizada desde 2003.
“Se você nunca teve problemas antes, não terá agora. A Receita conhece o histórico dessas transações e sabe lidar com esse tipo de situação há mais de 20 anos”, afirmou.
Soluções para autônomos
A Receita Federal reforçou a possibilidade de formalização por meio do registro como Microempreendedor Individual (MEI), que existe desde 2008. O MEI permite contribuição previdenciária e facilita o recolhimento de tributos estaduais e municipais.
Combate a crimes
O objetivo principal das novas regras, segundo a Receita, é combater crimes financeiros, como fraudes e lavagem de dinheiro, e não penalizar trabalhadores.
“O foco é impedir golpes via Pix e coibir práticas criminosas que prejudicam a população. A fiscalização é voltada para avanços tecnológicos que simplifiquem a vida do cidadão, sem complicá-la”, concluiu o órgão.
Fonte: Agência Brasil
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