Na sexta-feira (3), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou que o governo irá atualizar o cadastro do programa Bolsa Família, que foi relançado no dia anterior. O objetivo é fazer uma busca ativa para atualizar os dados dos beneficiários e identificar cerca de 2,5 milhões de pessoas que recebiam o benefício indevidamente. Para isso, o governo irá contratar 12 mil pessoas em todo o país, que serão treinadas para realizar a atualização do cadastro e fazer um “pente-fino”.
Dias explicou que a atualização tem como objetivo não só excluir pessoas que não têm direito ao benefício, mas também incluir aquelas que estavam na fila e não eram atendidas. O programa é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social, que precisam atender aos critérios de elegibilidade, como apresentar renda per capita classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza, ter os dados atualizados no Cadastro Único e não ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e em outras bases de dados federais.
O ministro também anunciou que o programa deve custar ao governo cerca de R$ 14,5 bilhões em março, quando começam a valer as novas regras para a concessão do benefício. Serão 24.838.887 beneficiários, que começarão a receber a partir do dia 20 de março. O valor médio pago por pessoa será de R$ 260.
Famílias devem cumprir contrapartidas para continuar no Bolsa Família
Para garantir o benefício, as famílias precisam cumprir algumas contrapartidas, como acompanhamento do pré-natal para gestantes, manutenção das crianças e adolescentes na escola e atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. O ministro também anunciou outras mudanças, como a criação de uma renda mínima por pessoa e um acréscimo para famílias com crianças até 6 anos, adolescentes até 18 anos e grávidas. Nenhuma família receberá menos do que R$ 600.
Com informações da EBC
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