Brasil

Bicicletas vêm se tornando uma tendência mundial durante a pandemia

No continente europeu e em algumas regiões do oriente médio e sudeste asiático, a bicicleta tornou-se uma opção para evitar aglomerações no transporte público no final do distanciamento social.

Em Paris, a prefeitura liberou verba pública para construção de mais de 600 quilômetros de ciclovia. Em Londres, a ideia é que bicicletas e caminhadas sejam mais usuais, diminuindo a dependência por metrô e ônibus, por exemplo.

No entanto, essa realidade está distante de se efetivar em Hortolândia. No município, houve um aumento expressivo do número de ciclistas nas ruas, há discussões sobre o assunto no meio político, até uma comissão parlamentar foi criada na câmara municipal para tratar do assunto; mas a infraestrutura da cidade ainda não é muito convidativa.

— “Existe estudos e projetos interessantes de implantação de ciclofaixas, e ciclovias na cidade, mas até o momento não temos visto nada de concreto, existe uma morosidade enorme em torno dessa questão, nossa percepção é a de que houve um grande aumento no fluxo de ciclistas na cidade, mas não percebemos nada de concreto no que se refere a melhorias do sistema cicloviário.” — conta o Representante da UCB (Associação Brasileira de Ciclismo), Walther Barros.

No último encontro que aconteceu na Câmara Municipal no final de 2019 durante audiência com os ciclistas e vereadores da comissão, o secretário de mobilidade urbana do município, Atílio Pereira, destacou que os órgãos públicos estão deliberando estudos sobre a implantação de ciclovias ou ciclofaixas na cidade, ele apresentou um plano cicloviário aos ciclistas presentes e prometeu até 72km de ciclovia na cidade nos próximos anos.

Para Walther Barros está ocorrendo uma silenciosa mudança de pensamentos, a nova geração pensa diferente, o uso das bikes está se tornando uma tendência, a maioria das capitais do mundo já está vendo a bike como uma solução, não só para o problema de trânsito, como também para solucionar problemas de aglomeração dentro do transporte público, e até para o bem da saúde pública, pois acaba reduzindo as chances das pessoas terem problemas cardíacos, diabetes — expõe Barros.

Nesse período de pandemia a bicicleta é a melhor forma de locomoção, existe um mito de que tem que ter ciclista antes, para depois ter ciclovia. Negativo, ninguém dirige carro sem estrada. Então, ninguém anda de bike sem ciclovia. Os ciclistas de Hortolândia não querem morrer atropelados. Então, se não tiver uma ciclovia, uma infraestrutura que assegure que vamos chegar ao nosso destino com vida, e, quando chegarmos, não teremos a nossa bike roubada, é fundamental, finaliza.

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