O Banco Central anunciou mais um aumento na taxa Selic, elevando os juros básicos da economia para 14,25% ao ano. A decisão, tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), reflete a preocupação com a inflação e a instabilidade da economia global.
O Que Motivou a Alta da Selic?
A inflação persistente e as incertezas externas, principalmente ligadas à política comercial e à postura do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), foram fatores determinantes para a decisão. No Brasil, mesmo com sinais de desaceleração no crescimento, o Copom avaliou que a economia ainda está aquecida, o que justifica a necessidade de juros mais altos para conter a alta dos preços.
De acordo com o Banco Central, a inflação de serviços continua elevada, o que pode manter os preços em alta por mais tempo. Além disso, a política fiscal e a percepção dos agentes econômicos sobre a sustentabilidade da dívida pública seguem impactando as expectativas do mercado financeiro.
Como a Selic Afeta a Inflação?
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, que no Brasil é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o IPCA registrou uma alta de 1,48%, impulsionada pelo aumento nos preços da energia elétrica e dos alimentos.
O novo sistema de meta contínua de inflação, implementado este ano, estabelece um objetivo de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No entanto, o mercado projeta uma inflação de 5,66% para 2025, acima do teto da meta.
Impactos no Crédito e na Economia
Com a Selic mais alta, o crédito fica mais caro, reduzindo o consumo e a produção, o que ajuda a conter a inflação. No entanto, taxas elevadas também dificultam o crescimento econômico.
No último Relatório de Inflação, o Banco Central revisou para cima a projeção de crescimento do PIB para 2,1% em 2025. Já o mercado financeiro, segundo o boletim Focus, estima um crescimento um pouco menor, de 1,99%.
O Que Esperar para os Próximos Meses?
O Copom indicou que poderá continuar subindo os juros, mas em menor intensidade na próxima reunião, prevista para maio. No entanto, qualquer decisão dependerá da evolução da inflação e das condições econômicas nos próximos meses.
A alta da Selic representa um desafio para consumidores e empresas, tornando o crédito mais caro e reduzindo o ritmo da economia. Por outro lado, o Banco Central reforça seu compromisso de manter a inflação sob controle, garantindo maior estabilidade para o futuro.
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