CNH Mais Fácil: uma proposta de resolução do Ministério dos Transportes está causando grande debate e preocupação no setor de formação de condutores no Brasil. A minuta, atualmente em consulta pública, visa flexibilizar o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), permitindo a redução da obrigatoriedade das aulas em autoescolas e introduzindo a figura do instrutor autônomo.
Embora o objetivo seja democratizar o acesso à CNH e potencialmente reduzir custos, a medida levanta sérias dúvidas sobre a segurança no trânsito e o futuro econômico de milhares de profissionais.
Risco à Vida e Insegurança no Trânsito
Célio Okumura Fernandes, proprietário de CFC e representante sindical, é um dos que expressam profunda preocupação. Ele destaca que a proposta, como está, tem “lacunas e pontos nebulosos” que podem trazer grande insegurança, principalmente na “preservação da VIDA”.
A principal crítica de Célio é a ausência de exigência do duplo comando nos veículos de aprendizagem para instrutores autônomos. Segundo ele, isso “traz um risco para o candidato, para a segurança, aprendizado, pessoas e veículos em geral”.
O representante sindical reforça que a fragilização das regras de ensino pode levar a um aumento nos sinistros (acidentes) e autuações, já que o ensino voltado para a educação no trânsito é fundamental e não deve ser tratado de forma “banal”.
Contradição e Impacto Econômico
Célio Okumura Fernandes aponta uma contradição do Governo: enquanto propõe a redução da obrigatoriedade das autoescolas (Centros de Formação de Condutores – CFCs), não discute a redução das taxas e da alta carga tributária que são impostas às próprias autoescolas.
Além da segurança, a proposta traz um alerta de impacto social e econômico. Estima-se que a medida coloque em risco cerca de 300 mil empregos diretos e afete mais de 15 mil empresas no setor. O consenso é que a modernização do ensino é necessária, mas deve ser feita com responsabilidade, tratando a educação no trânsito como uma “POLÍTICA DE ESTADO”.
O Futuro da CNH em Debate
A minuta está em consulta pública por 30 dias, e o processo de habilitação atual segue inalterado. Após o período de debate com a sociedade, o texto será submetido à análise do CONTRAN.
A discussão é complexa e envolve equilibrar a facilitação do acesso à CNH, a manutenção da segurança nas vias e a sustentabilidade de um setor que emprega e forma novos condutores. Parlamentares de diferentes partidos já se manifestaram contrários à proposta nos termos atuais, reforçando a importância do debate para o futuro da mobilidade no Brasil.
Perguntas e Respostas Rápidas (SEO):
1. Qual o objetivo da minuta de resolução do Ministério dos Transportes? O objetivo é flexibilizar a obrigatoriedade das aulas em autoescolas, introduzindo o instrutor autônomo, para democratizar o acesso e reduzir o custo da CNH.
2. Qual a principal preocupação de segurança levantada pelas autoescolas? A ausência de exigência de duplo comando nos veículos de aprendizagem para os instrutores autônomos, o que, segundo o setor, aumenta o risco de acidentes.
3. O que pode acontecer com as aulas obrigatórias em CFCs (autoescolas)? A minuta propõe a redução da carga horária mínima de aulas teóricas e práticas obrigatórias em CFCs.
4. Quantos empregos o setor de autoescolas estima que podem ser afetados? O setor estima que a proposta pode colocar em risco cerca de 300 mil empregos diretos e afetar mais de 15 mil empresas.
5. O que Célio Okumura Fernandes critica na proposta do Governo? Ele critica a contradição do Governo em reduzir a obrigatoriedade das aulas sem propor, ao mesmo tempo, a redução das altas taxas e da carga tributária impostas às autoescolas.
6. Para onde a minuta de resolução será enviada após a consulta pública? Após o período de consulta pública, o texto será analisado e discutido pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
fonte alpha autos
Para mais notícias, eventos e empregos, siga-nos no Google News (clique aqui) e fique informado
Lei Proibida a reprodução total ou parcial, sem autorização previa do Portal Hortolandia . Lei nº 9610/98










