Quando o assunto é economia, o brasileiro costuma lembrar de três motos: Honda Pop 110i, Honda Biz 110 e as Shineray urbanas. Todas são conhecidas por consumo baixo e manutenção simples. Mas existe um modelo indiano que supera e muito as queridinhas do Brasil: a Bajaj Platina 110, uma motocicleta que entrega até 70 km por litro, robustez impressionante e manutenção extremamente barata.
Na Índia, a Platina é tratada como uma “moto que nunca quebra”. E se chegasse ao mercado brasileiro, teria potencial para mudar completamente o segmento de entrada.
Pensada para enfrentar trânsito pesado e estradas ruins
A Índia é um dos ambientes mais desafiadores do mundo para motocicletas: tráfego intenso, poucas vias de qualidade, combustível irregular e necessidade urgente de baixo custo por quilômetro.
Foi nesse cenário que a Bajaj desenvolveu a Platina 110, priorizando:
- simplicidade mecânica,
- grande durabilidade,
- altíssima economia,
- pouca eletrônica e manutenção fácil.
O resultado é uma moto que entrega números quase inacreditáveis para o padrão brasileiro.
Números de consumo que impressionam
Relatos de proprietários indianos indicam:
- 65 a 75 km/l em uso leve;
- 60 km/l em trânsito urbano pesado;
- mais de 700 km de autonomia com tanque de 11 litros.
Mesmo considerando que no Brasil esses números cairiam um pouco, é perfeitamente plausível imaginar a Platina acima de 55–60 km/l, o que ainda a colocaria anos à frente das líderes nacionais.
Por que ela poderia substituir Pop 110i, Biz 110 e Shineray
Consumo médio no Brasil hoje
Pop 110i: 45 a 55 km/l
Biz 110: 40 a 50 km/l
Shineray 125/150: 35 a 45 km/l
Platina 110:
→ Até 70 km/l no ciclo indiano
→ Estimativa realista no Brasil: 55–60 km/l
Mas ela vai além do consumo. A Platina entrega elementos que fazem falta em muitos modelos de entrada:
- suspensão mais macia,
- assento maior e mais confortável,
- menos vibração,
- motor mais silencioso,
- comportamento urbano mais suave,
- maior capacidade de carga.
Ou seja, ela é mais econômica e mais confortável do que várias motos 125 e até algumas 160 vendidas aqui.
Robustez e mecânica simples: o segredo do sucesso
O motor da Platina 110 é descrito por mecânicos indianos como “imortal”. A receita é clássica:
- monocilíndrico,
- arrefecimento a ar,
- baixa taxa de compressão,
- pouquíssimas peças móveis,
- injeção eletrônica ajustada para economia.
Com o básico — troca de óleo a cada poucos milhares de quilômetros — muitos motociclistas relatam motores que passam dos 100 mil km sem intervenções sérias. Há casos acima de 150 mil km sem retífica.
Ficha técnica da Bajaj Platina 110
- Motor: 115,45 cc, monocilíndrico
- Arrefecimento: ar
- Potência: cerca de 8,5 cv
- Torque: 9,8 Nm
- Câmbio: 4 marchas
- Consumo: até 70 km/l
- Peso: ~122 kg
- Tanque: 11 litros
- Autonomia: até 770 km
- Freios: tambor (algumas versões com CBS)
O que aconteceria se a Platina 110 fosse lançada no Brasil?
Se chegasse ao país, os efeitos seriam imediatos:
1. Mudança no mercado de entrada
Pop 110i e Biz 110 deixariam de ser referência isolada em economia.
2. Pressão sobre Honda e Shineray
As marcas teriam que rever eficiência, conforto e preços.
3. Retorno das motos superleves econômicas
Modelos 100–110 cc praticamente desapareceram do Brasil, e a Platina reacenderia essa disputa.
4. Público perfeito já existe
A moto seria ideal para:
- entregadores,
- trabalhadores que rodam muito por mês,
- moradores de cidades menores,
- quem busca o menor custo por quilômetro possível.
FAQ – Perguntas e respostas rápidas
A Bajaj Platina 110 será vendida no Brasil?
Ainda não há confirmação oficial, mas a marca tem ampliado sua atuação no país.
Ela realmente faz 70 km/l?
Sim, segundo dados e relatos do mercado indiano. No Brasil, faria algo entre 55 e 60 km/l.
Ela é mais forte que a Pop 110i?
A potência é parecida, mas a Platina costuma entregar mais conforto e menos vibração.
É uma moto confiável?
Sim. Na Índia, é considerada uma das motos mais duráveis e de manutenção mais barata da categoria.
Quanto custaria no Brasil?
Estimativas indicam que poderia chegar por algo entre R$ 9 mil e R$ 12 mil, dependendo da estratégia comercial.
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