Vingança a Sangue Frio é um remake completamente desnecessário se formos notar que o filme original, Cidadão do Ano, saiu em 2014, apenas 5 anos atrás. Mas o fato é que esta reapresentação da obra para um público mais amplo rende momentos que deixarão o espectador grudado na poltrona. Hans Petter Moland é o diretor de ambos e brinca com a questão do faroeste moderno, trazendo o vingador silencioso, a gangue de malfeitores e até os índios, para completar a receita.
Liam Nesson mantém as características de personagens já vistos em Busca Implacável, Caçada Mortal ou Sem Escalas, mas isso acaba facilitando na hora de torcer para ele. Além da ação e de pitadas de suspense, o diretor injeta um humor cínico tanto nas situações quanto na trilha sonora durante boa parte dos 118 minutos de projeção.
Porém as atuações femininas, encabeçadas por Laura Durn (que tem poucos diálogos e some de maneira abrupta lá pela metade) e Emmy Rossum são pouco inspiradas e tão gélidas quanto aquela ambientação. Mas a cereja do bolo – no pior sentido – é o vilão vivido por Tom Bateman. Afetadíssimo e lotado de maneirismos, sempre que ele estava em cena minha imersão àquele universo era prejudicada.
Vingança a Sangue Frio não irá agradar todos os espectadores, mas achei corajoso em sua proposta. Ao ver os resultados das bilheterias só podemos tirar duas conclusões: a primeira é que as polêmicas com Neeson atrapalharam a carreira deste remake nas telonas e a segunda é que o ator poderia escolher papeis mais desafiadores de agora para frente, pois talento ele tem de sobra!
Por Éder de Oliveira Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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